domingo, 28 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
CDS-PP desafia Sócrates a apresentar o seu modelo de avaliação dos professores
"Deixamos um desafio o engenheiro José Sócrates, secretário-geral do PS, para que apresente aquele que é o seu modelo de avaliação dos professores", declarou à agência Lusa o líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio.
Por outro lado, Diogo Feio questionou "como é que é possível que não se tenha ainda avançado para um novo modelo de avaliação dos professores" e que "as duas possibilidades" colocadas pela ministra da Educação sejam "manter o sistema simplificado nos próximos dois anos ou o regresso ao sistema anterior".
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9814980.html
terça-feira, 16 de junho de 2009
Olhá Novidade!
Isto é o equivalente à descoberta da roda oval, logo a seguir à roda quadrada…
Escolas portuguesas precisam de mais avaliação e disciplina
Em Portugal, 75% do tempo de aula é efectivamente dedicado ao ensino, o quinto valor mais baixo entre os 23 países analisados no estudo da OCDE.
Portugal é dos países onde os professores gastam mais tempo a manter a ordem na sala de aula e em tarefas administrativas e menos tempo a ensinar.
O estudo (que é mesmo da OCDE!!!) está por aqui e irá merecer a devida análise e atenção nos próximos tempos.
sábado, 13 de junho de 2009
A bola de neve ... rola
Contra A Avaliação Dos Docentes Enquanto Mistificação
Esta é a declaração de uma intenção tomada em consciência e coerência com as atitudes e posições por nós assumidas num passado recente. Não é um apelo a um qualquer movimento de desobediência civil, nem o seu contrário, assim como também não é uma recusa em nos submetermos à avaliação da qualidade do nosso desempenho enquanto docentes.
É apenas a manifestação pública da impossibilidade, de acordo com princípios de coerência e responsabilidade de que nos orgulhamos, de aceitarmos seguir as directrizes de um modelo de avaliação do nosso desempenho que de forma alguma cumpre os objectivos afirmados pela tutela, em particular no regime simplificado em vigor, de constitucionalidade duvidosa e escassa qualidade técnica.
Em conformidade com posições adoptadas por todos nós em momentos anteriores, os subscritores desta declaração afirmam a sua indisponibilidade para entregar a ficha de auto-avaliação nos moldes predeterminados pelo Ministério da Educação.
Esta posição implica rejeitar a transformação do biénio 2007-09 numa pseudo-avaliação com base em objectivos definidos entre três a cinco meses do final das actividades lectivas deste período. Esta atitude significa a recusa frontal em participar de forma activa numa mistificação pública cujo objectivo é fazer passar por verdadeira uma avaliação falseada do mérito profissional dos docentes, mistificação esta que sabemos ter objectivos meramente eleitoralistas mas que terá consequências profundamente negativas para a qualidade da educação em Portugal.
Estamos conscientes das potenciais consequências da nossa tomada de posição, nomeadamente quanto à ameaça da não progressão na carreira por um período de dois anos lectivos, assim como de um eventual procedimento disciplinar que todos contestaremos em seu devido tempo.Esta é uma atitude cujas implicações apenas recaem sobre nós, estando todos preparados para continuar a lutar pela demonstração da ilegalidade do regime da chamada avaliação simplex.
Estamos ainda conscientes de algumas críticas que nos serão dirigidas de diversos quadrantes. Todas elas serão bem-vindas, venham de onde vierem, desde que se baseiem em argumentos e não em meras qualificações destituídas de conteúdo.
Aos que nos queiram apontar que não compete a cada cidadão definir a forma de cumprimento das leis que se lhe aplicam, poderíamos evocar o artigo 21º da Constituição da República Portuguesa, mas bastará sublinhar o que acima ficou explicitado sobre a forma como encaramos as consequências dos nossos actos. A todos os que considerarem que esta é uma radicalização excessiva do nosso conflito com o Ministério da Educação reafirmamos que o fazemos em consciência e coerência com os nossos princípios éticos, sem calculismos ou outros oportunismos de circunstância.
Por último, salientamos que esta declaração não é um apelo a qualquer tomada de posição semelhante por ninguém, mas tão-só a afirmação da nossa. Não podemos, porém, deixar de constatar que a força de qualquer atitude é tão mais poderosa quanto consciente e esclarecida a convicção de quem a toma.
Ana Mendes da Silva (Esc. Sec. da Amadora), Armanda Sousa, (Esc. Sec./3 de Felgueiras)Fátima Freitas (Esc. Sec. António Sérgio, Porto), Helena Bastos (EB 2/3 Pintor Almada Negreiros, Lisboa), Maria José Simas (Esc. Sec. D. João II, Setúbal), Mário Machaqueiro(Esc. Secundária de Caneças), Maurício de Brito (Esc. Sec. Ponte de Lima), Paulo Guinote(EB 2/3 Mouzinho da Silveira, B. Banheira) Paulo Prudêncio (EBI Santo Onofre, Caldas da Rainha), Pedro Castro (Esc. Sec. Maia), Ricardo Silva (EB 2/3 D. Carlos I, Sintra), Rosa Medina de Sousa (Esc. Sec. José Saramago, Mafra) e Teodoro Manuel (Esc. Sec. Moita).
Público, 13 de Junho de 2009
Estudo prova efeitos nefastos do ECD e do Modelo de Avaliação de Professores ... o estudo que demonstra o que TODOS sabem ...
É um estudo académico realizado por um professor de Economia Aplicada da School of Business and Management da Universidade de Londres. O estudo tem o título de Individual Teacher Incentives, Student Achievement and Grade Inflaction. O autor é português: Prof. Pedro Martins. Para além de ser professor na Universidade de Londres, Pedro Martins é "fellow researcher" no Instituto Superior Técnico e no Institute of the Study of Labour, em Bona.
O estudo investigou o impacto das reformas educativas, realizadas, em Portugal, nos últimos 3 anos, no desempenho dos alunos do ensino secundário. O novo ECD, imposto pelo decreto-lei 15/2007, foi incluído no leque de reformas educativas. O estudo baseia-se na informação individual dos resultados dos exames em todas as escolas secundárias portuguesas desde o ano lectivo 2001-02 até ao último ano lectivo completo (2007-08). Utiliza informação disponibilizada pelo Júri Nacional de Exames e que tem sido utilizada para a construção de rankings (por exemplo, aqui e aqui).
Em termos específicos, compara a evolução dos resultados internos e externos (exames nacionais) nas escolas públicas do continente com as escolas privadas e também com as escolas públicas das regiões autónomas. A motivação para esta escolha está no facto de os dois últimos tipos de escolas não terem sido afectadas - pelo menos não com a mesma intensidade - pelas várias alterações introduzidas no estatuto da carreira docente e avaliação de desempenho dos professores. Nessa medida, tanto as escolas privadas como as escolas públicas das regiões autónomas podem servir como contrafactual ou grupo de controlo.
Os resultados indicam uma deterioração relativa de cerca de 5% em termos dos resultados dos alunos das escolas públicas do continente em relação tanto às escolas públicas da Madeira e Açores como às escolas privadas. A explicação dada pelo autor do estudo para este resultado prende-se com os efeitos negativos em termos da colaboração entre professores a partir do momento em que a avaliação de desempenho surgiu associada aos resultados escolares dos alunos (taxas de insucesso e de abandono). Ou seja, os professores começaram a colaborar menos uns com os outros e a partilharem menos os materiais e os conhecimentos. Por outro lado, o aumento da carga burocrática associada à avaliação também poderá ter tido custos em termos da qualidade da preparação das aulas.
Por outro lado, o estudo conclui que a variação em termos dos resultados internos destes mesmos alunos é menor, embora também negativa - cerca de 2% (em contraponto a 5% nos exames nacionais). A diferença entre os dois resultados, que sugere aumento da inflacção das notas, pode explicar-se pela ênfase colocada pelo ECD (decreto-lei 15/2007) e pelo modelo de avaliação de desempenho (decreto regulamentar 2/2008), pelo menos na sua primeira versão (antes da avaliação simplificada) - nos resultados dos alunos (taxas de insucesso e de abandono) como item a ser considerado na avaliação dos professores.
Este estudo é de enorme importância. As conclusões arrasam o novo ECD, o novo modelo de avaliação de desempenho de professores e as restantes reformas educativas introduzidas no ensino secundário. Espero que os jornais e as televisões peguem nos resultados deste estudo. Está tudo neste post, incluindo a versão completa do estudo do Prof. Pedro Martins.
Para saber mais:
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Fenprof ameaça acabar negociações com ministra
No entanto, acredita que a derrota do PS nas europeias até pode beneficiar os professores
A Fenprof poderá abandonar as negociações com o Ministério da Educação, marcadas para esta sexta-feira, caso Maria de Lurdes Rodrigues não recue em relação ao Estatuto da Carreira Docente e ao modelo de avaliação de desempenho.
«A Fenprof admite ser inútil e até negativa a participação em reuniões que apenas serviriam para iludir os professores, fazendo parecer que há negociação sem, de facto, haver», pode ler-se no comunicado enviado às redacções.
No entanto, a Federação liderada por Mário Nogueira até «parte para esta reunião com uma natural expectativa positiva», devido à derrota do PS nas europeias: «Está criado um novo cenário político que abre perspectivas reais de mudança e, no imediato, de alteração da postura anti-negocial do Ministério da Educação.»
Caso nada seja mudado, a Fenprof avisa que «os professores poderão ter de prosseguir as suas grandes lutas, talvez ainda este ano escolar ou, provavelmente, em Setembro».
quarta-feira, 10 de junho de 2009
“Deixem-na estar! Deixem-na estar!”
O arrogante, raivoso e neurótico “Deixem-me passar! Deixem-me passar!” da ministra, acompanhado por empurrões, é acima de tudo um sinal de má educação de uma pessoa que não se sabe comportar em democracia. Mas é também um sinal de tristeza de quem não vê reconhecido o seu ganho pelos seus pares. O que também é de uma grande má educação, reconheça-se.
Conclui-se, pois, que os professores prestam um mau serviço à democracia quando pedem a demissão da ministra, sobretudo tão perto das eleições. Gritemos agora “Deixem-na estar! Deixem-na estar!”. Pois ela consegue mais facilmente derrubar o governo (e a ela própria, claro está) do que os 140 mil professorzecos… esses ratos!
António Galrinho