segunda-feira, 18 de maio de 2009

Professores da Escola Secundária de Lousada contestam formas de luta propostas pela Plataforma Sindical

Os professores da Escola Secundária de Lousada vêm, por este meio, apresentar a sua total discordância com o enfraquecimento das formas de luta previstas para o final do ano lectivo, apresentadas pela Plataforma Sindical.

Pertencemos a uma escola secundária que talvez seja caso único no país, pois dos cerca de 140 professores somente um solicitou aulas assistidas e entregou objectivos individuais. Temos agido de forma unida e coerente: fomos às duas manifestações nacionais e a adesão às duas greves foi sempre acima dos 97%.

Consideramos (e fizemos saber ao nosso delegado sindical da Fenprof) que as formas de luta têm de ser radicalizadas e NUNCA atenuadas, sobretudo nesta altura do ano lectivo e neste período político (época pré-eleitoral).

Entendemos que nova manifestação ao sábado é totalmente desadequada, dado que já fizemos duas com números de adesão assombrosos e nada foi conseguido. O mesmo ocorreria se se realizasse greve de um dia (e mais se revela totalmente descabida e anedótica a realização de paralisações por dois tempos lectivos – o que nos remete para a pergunta: se duas greves com adesões de cerca de 90% em dois dias não surtiram efeito, o que leva os sindicatos a pensarem que uma paralisação por dois tempos provocará alguma mudança? É como esperar que um doente que precisa de penicilina, se cure apenas com benuron…)

Com efeito, os professores da Escola Secundária de Lousada (e estamos em crer que a esmagadora maioria dos professores) não se revêem no abrandamento das formas de luta. Como tal, não participarão nem na pseudo-greve de dois tempos lectivos prevista para o dia 26 de Maio, nem na manifestação masoquista “para Lisboeta ver” no dia 30 de Maio.

É que, ou se luta com as armas todas, ou então, sentemo-nos a descansar que bem precisamos por esta altura…


Professores da Escola Secundária de Lousada
Lousada, 7 de Maio de 2009

Sem comentários: