quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Professores em protesto no dia 19
Assembleia da República, Ministério da Educação e o Palácio de Belém são os locais escolhidos para os protestos, promovidos pelos movimentos fundados para contestar o modelo de avaliação introduzido pelo Ministério liderado por Maria de Lurdes Rodrigues.
Os professores que aderirem à iniciativa são convidados a vestirem-se de negro.
domingo, 30 de agosto de 2009
DIA 12 - Professores na rua durante a campanha eleitoral
As eleições legislativas de 27 de Setembro estão a ser preparadas em pormenor... pelos movimentos de professores, que voltam às ruas logo no arranque da campanha eleitoral, no dia 12. Já os sindicatos parecem preferir esperar pelo resultado da votação para definir estratégias.
Empolgados pela iniciativa "Compromisso pela Educação"- em que obtiveram garantias de toda a oposição sobre a revisão de aspectos como a avaliação e a divisão das carreiras -, os movimentos prometem acções "originais", assumidamente de ataque às políticas do Governo de José Sócrates.
Dois grupos - a Associação de Professores em Defesa da Educação (APEDE) e o PROmova - estão a debater entre si a realização de acções capazes de ter "impacto" na opinião pública.
"Ainda não posso revelar qual será exactamente a natureza dessa acção", disse ao DN Octávio Gonçalves, do PROmova, desvendando apenas: "O nosso objectivo é fazer algo mais inovador do que uma manifestação, com um carácter mais informativo e apelativo."
Já Ricardo Silva da APEDE acrescentou: "O que posso dizer é que estaremos na rua, provavelmente tanto no dia 12 como 19, e até pode ser que se realizem acções simultâneas em vários locais de Lisboa."
A justificação das acções de rua em período pré-eleitoral, assumiu, é não só "apelar ao voto contra este PS, de José Sócrates", como pressionar os restantes partidos "para que estes reforcem os compromissos assumidos" em relação às políticas educativas.
'Manif' no dia 12
Ambos os movimentos estão ainda a ponderar a participação numa manifestação convocada também para 12 de Setembro pela Força Emergente, uma associação cívica com fins políticos que se notabilizou por se ter constituído assistente no caso Freeport e ter enviado uma carta ao primeiro-ministro exigindo a sua demissão.
Confirmada está a participação do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP). "É uma manifestação que integra várias forças sociais, vários movimentos cívicos, não apenas de professores", descreveu Ilídio Trindade, do MUP. "Haverá certamente outro tipo de iniciativas em que vamos participar, mas estamos ainda num período de regresso de férias e só as devemos debater na próxima semana."
O regresso à via judicial - para suspender o mais depressa possível o 'simplex' da avaliação - também está a ser ponderado por outros grupos de professores (ver caixa).
Fora destas lutas, pelo menos no futuro próximo, parecem estar os sindicatos de professores: "Não nos parece fazer muito sentido estar a contestar um Governo que vai sair e outro que ainda não se sabe qual é", explicou Lucinda Manuela, da Federação Nacional da Educação (FNE). "Mas logo que seja conhecido o próximo Governo, iremos pedir a abertura de um novo processo negocial para rever o estatuto da carreira."
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
CONCENTRAÇÃO DE
DOCENTES QUE
NÃO FORAM COLOCADOS
16 de Julho (quinta-feira) frente ao ME, em Lisboa - 16h00
Transportes organizados e pagos pelo SPRC.FENPROF
Viseu (Avª Europa - Tribunal – 11.00 h
Lameg (Soldado Desconhecido) – 10.00 H
Inscrições para transporte:
232420320 – 254613197 – 961533210 – 916147001 - 938527783
Reclamação de novo concurso já no próximo ano será levada ao ME pela FENPROF no dia 16 (quinta-feira)
sexta-feira, 10 de julho de 2009
AO QUE ISTO CHEGOU
Assunto: a avaliação de cada professor é para ser enviada pelo Director(a) para o Ministério!!!!!!!!]
Caros Colegas,
Recebi esta informação de uma colega nossa e que "repasso"....
Sabes a melhor? Hoje estive num seminário sobre a avaliação para o qual fui "convidada" pela Direcção Regional, com as outras Coordenadoras. Tu imaginas o que se ficou a saber, dito pela boca da formadora? Que a avaliação de cada professor é para ser enviada pelo Director(a) para o Ministério!!!!!!!! A PIDE!!! Saltámos-lhe em cima, e a desgraçada já só dizia: eu vou transmitir, eu vou transmitir!!!
Isto TEM QUE SER DENUNCIADO!!! O q se está a passar nas nossas costas! Porque a lei diz, taxativamente, que a avaliação É CONFIDENCIAL!!! Nem na escola pode ser divulgada por nenhum dos avaliadores!!! Isto é GRAVÍSSIMO!!!!
Se quiseres divulga isto... Ao que isto chegou, haja paciência...
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2009/07/ao-que-isto-chegou.html
quarta-feira, 8 de julho de 2009
RUMOR SOBRE O POSSÍVEL PRÓXIMO MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Vamos esperar para ver."
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2009/07/rumor-sobre-o-possivel-proximo-ministro.html
OITO MEDIDAS PARA UM PROGRAMA DE GOVERNO


Clique para ampliar
Ora aqui está um conjunto de propostas que bem poderiam integrar os programas dos partidos de oposição ao PS. As oito medidas que Santana Castilho sugere neste texto têm o mérito da clareza e do bom-senso, e apontam para as condições políticas que podem devolver às escolas e aos professores os meios para promover a melhoria do ensino e para retirar o sistema educativo do abismo insano em que ele foi afundado pela actual equipa do Ministério da Educação.
Já agora, lembramos que a sugestão de extinção das DRE foi avançada já pelo Ramiro Marques, num texto em que ele nos recorda os tempos em que era possível trabalhar nas escolas sem os coletes-de-força delirantes que os burrocratas do ensino andam a impor aos professores desde há vários anos.
E aqui convém dizer, a bem da justiça e da memória, que a responsabilidade desse triste estado de coisas não cabe apenas a este PS, mas também a outras encarnações político-partidárias que passaram pelo Ministério da Educação e que por lá deixaram marcas bem perniciosas.
Claro que o actual triunvirato Rodrigues-Lemos-Pedreira refinou na asneira, elevando-a a cumes de disparate e de abjecção dificilmente ultrapassáveis.
CONCURSOS: CONFIRMAM-SE AS PIORES SUSPEITAS
O ME veio hoje afirmar que foram colocados 30 mil candidatos nesta fase dos concursos e que ainda irá colocar mais 38 mil professores. O que não diz é que dos cerca de 50 mil novos candidatos a vagas de quadro, só terão sido colocados menos de 500. E não diz também que essas 38 mil futuras colocações já não serão efectuadas em lugares de quadro, mesmo que isso venha provar que as vagas e as necessidades de colocação existem.
Ficaram por colocar largos milhares de professores QZP e contratados. Até quando pretende o ME utilizar estes professores como mão de obra barata e descartável?
A APEDE vem assim exigir a correcção desta situação, que de modo algum deve penalizar os professores e muito menos obrigá-los a esperarem mais 4 anos por uma nova oportunidade de colocação em lugar de quadro. A APEDE não pode deixar de denunciar mais este grave ataque à estabilidade profissional dos docentes portugueses e exige medidas correctivas que poderão passar pela abertura, já no próximo ano lectivo, de um novo concurso para os quadros, com uma efectiva e real disponibilização das vagas a concurso, não se esquecendo a situação das escolas TEIP, cujas vagas devem voltar às listas nacionais de colocação.
Não desistiremos de lutar pela justiça e pela defesa da dignidade profissional dos professores.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Colocações
Boa sorte!
DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO DA COLOCAÇÃO
Nome)__________________________________________, documento de identificação n.º ___________________, declara aceitar a colocação obtida no concurso para selecção e recrutamento do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, no agrupamento de escolas ou de escola não agrupada _____________________________.
Local e data ___________________________________
O Docente _____________________________________
O Director(a) ___________________________________
De 20 a 24 de Julho:
- Destacamento por condições específicas;
- Destacamento por aproximação à residência familiar;
- Contratação.
De 31 de Julho a 6 de Agosto:
- Destacamento por ausência da componente lectiva.
CONCURSOS DE PROFESSORES
Numa profunda e inaceitável manifestação de desrespeito pelos professores, o Ministério da Educação, em vez de tornar públicas as listas de colocação dos docentes, para 2009/2010, decidiu, antes, manipular os números para fazer crer o que não é verdade, pois a verdade, usando os números que o ME hoje mesmo tornou públicos, é que:
- 99% dos docentes que concorreram para ingressar em quadro não o conseguiram (apenas entraram 417 dos cerca de 50.000 candidatos que apresentaram 65.464 candidaturas - menos de 1%);
- 11.836 docentes que já pertencem aos quadros (40,9% do total de docentes dos QZP) não obtiveram colocação no novo quadro criado (Quadro de Agrupamento).
Perante estes números, pode dizer-se que este é um dos piores concursos de sempre, o que só consegue ser disfarçado pela manipulação de números, a um ponto que é de todo inaceitável. Por exemplo, nos quadros que o ME divulga no seu site, é indicado que entre Quadros de Agrupamento e de Escola, a relação *vagas positivas / vagas negativas* é a seguinte:
2005 - 4.430 / 7.358;
2006 - 6.303 / 5.969;
2009 - 20.896 / 2.660.
Ora bem, estamos perante uma grosseira manipulação de números, com o intuito de enganar a opinião pública.
De facto, se o ME considera todas as vagas abertas para os novos Quadros de Agrupamento, que vieram substituir os QZP (que incluíam 28.926 docentes), não pode apenas considerar como negativas as do Quadro de Escola (as 2.660 referidas), mas acrescentar-lhe as que faziam parte do quadro que se extingue - o QZP - e essas são, segundo o Ministério, 28.926.
Isto é, no cômputo global, não há 18.236 vagas positivas este ano, mas, se a este número, forem subtraídas, também, as 28.926 que correspondem a docentes dos QZP que foram obrigados a concorrer para o Quadro de Agrupamento, e nele deveriam ser colocados, então o saldo é negativo, correspondendo a 10.690 vagas a menos.
Não se compreende, também, como pode o ME afirmar que, numa segunda fase, serão colocados mais 38.000 docentes dos QZP e contratados, quando as escolas ainda não fizeram o levantamento de necessidades após esta primeira fase de colocação. O que há são cerca de 38.000 docentes por colocar, entre QZP's e contratados de primeira prioridade, e outros tantos que são identificados pelo ME como "Outros candidatos".
A FENPROF, após uma análise mais detalhada das listas definitivas,pronunciar-se-á de forma ainda mais precisa, analisando a situação grupo a grupo, mas denuncia, desde já, a manipulação que o ME pretende fazer dos números e reafirma que estamos perante o concurso mais negativo dos últimos anos, que fará crescer, como nunca, as situações de instabilidade para docentes dos quadros e remeterá para o desemprego muitos milhares de
docentes que aguardavam o ingresso em quadro ou, pelo menos, uma contratação.
*Nota final:* Numa primeira observação, verifica-se que a maior parte dos docentes que ingressou em quadro são dos grupos 350 (Espanhol) e 550 (Informática). Na Educação Pré-Escolar, no 1.º Ciclo do Ensino Básico, no grupo 910 da Educação Especial ou na generalidade dos grupos do 2.º Ciclo não houve qualquer colocação que correspondesse a entrada em quadro.
O Secretariado Nacional
http://www.fenprof.pt/?aba=27&
domingo, 28 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
CDS-PP desafia Sócrates a apresentar o seu modelo de avaliação dos professores
"Deixamos um desafio o engenheiro José Sócrates, secretário-geral do PS, para que apresente aquele que é o seu modelo de avaliação dos professores", declarou à agência Lusa o líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio.
Por outro lado, Diogo Feio questionou "como é que é possível que não se tenha ainda avançado para um novo modelo de avaliação dos professores" e que "as duas possibilidades" colocadas pela ministra da Educação sejam "manter o sistema simplificado nos próximos dois anos ou o regresso ao sistema anterior".
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9814980.html
terça-feira, 16 de junho de 2009
Olhá Novidade!
Isto é o equivalente à descoberta da roda oval, logo a seguir à roda quadrada…
Escolas portuguesas precisam de mais avaliação e disciplina
Em Portugal, 75% do tempo de aula é efectivamente dedicado ao ensino, o quinto valor mais baixo entre os 23 países analisados no estudo da OCDE.
Portugal é dos países onde os professores gastam mais tempo a manter a ordem na sala de aula e em tarefas administrativas e menos tempo a ensinar.
O estudo (que é mesmo da OCDE!!!) está por aqui e irá merecer a devida análise e atenção nos próximos tempos.
sábado, 13 de junho de 2009
A bola de neve ... rola
Contra A Avaliação Dos Docentes Enquanto Mistificação
Esta é a declaração de uma intenção tomada em consciência e coerência com as atitudes e posições por nós assumidas num passado recente. Não é um apelo a um qualquer movimento de desobediência civil, nem o seu contrário, assim como também não é uma recusa em nos submetermos à avaliação da qualidade do nosso desempenho enquanto docentes.
É apenas a manifestação pública da impossibilidade, de acordo com princípios de coerência e responsabilidade de que nos orgulhamos, de aceitarmos seguir as directrizes de um modelo de avaliação do nosso desempenho que de forma alguma cumpre os objectivos afirmados pela tutela, em particular no regime simplificado em vigor, de constitucionalidade duvidosa e escassa qualidade técnica.
Em conformidade com posições adoptadas por todos nós em momentos anteriores, os subscritores desta declaração afirmam a sua indisponibilidade para entregar a ficha de auto-avaliação nos moldes predeterminados pelo Ministério da Educação.
Esta posição implica rejeitar a transformação do biénio 2007-09 numa pseudo-avaliação com base em objectivos definidos entre três a cinco meses do final das actividades lectivas deste período. Esta atitude significa a recusa frontal em participar de forma activa numa mistificação pública cujo objectivo é fazer passar por verdadeira uma avaliação falseada do mérito profissional dos docentes, mistificação esta que sabemos ter objectivos meramente eleitoralistas mas que terá consequências profundamente negativas para a qualidade da educação em Portugal.
Estamos conscientes das potenciais consequências da nossa tomada de posição, nomeadamente quanto à ameaça da não progressão na carreira por um período de dois anos lectivos, assim como de um eventual procedimento disciplinar que todos contestaremos em seu devido tempo.Esta é uma atitude cujas implicações apenas recaem sobre nós, estando todos preparados para continuar a lutar pela demonstração da ilegalidade do regime da chamada avaliação simplex.
Estamos ainda conscientes de algumas críticas que nos serão dirigidas de diversos quadrantes. Todas elas serão bem-vindas, venham de onde vierem, desde que se baseiem em argumentos e não em meras qualificações destituídas de conteúdo.
Aos que nos queiram apontar que não compete a cada cidadão definir a forma de cumprimento das leis que se lhe aplicam, poderíamos evocar o artigo 21º da Constituição da República Portuguesa, mas bastará sublinhar o que acima ficou explicitado sobre a forma como encaramos as consequências dos nossos actos. A todos os que considerarem que esta é uma radicalização excessiva do nosso conflito com o Ministério da Educação reafirmamos que o fazemos em consciência e coerência com os nossos princípios éticos, sem calculismos ou outros oportunismos de circunstância.
Por último, salientamos que esta declaração não é um apelo a qualquer tomada de posição semelhante por ninguém, mas tão-só a afirmação da nossa. Não podemos, porém, deixar de constatar que a força de qualquer atitude é tão mais poderosa quanto consciente e esclarecida a convicção de quem a toma.
Ana Mendes da Silva (Esc. Sec. da Amadora), Armanda Sousa, (Esc. Sec./3 de Felgueiras)Fátima Freitas (Esc. Sec. António Sérgio, Porto), Helena Bastos (EB 2/3 Pintor Almada Negreiros, Lisboa), Maria José Simas (Esc. Sec. D. João II, Setúbal), Mário Machaqueiro(Esc. Secundária de Caneças), Maurício de Brito (Esc. Sec. Ponte de Lima), Paulo Guinote(EB 2/3 Mouzinho da Silveira, B. Banheira) Paulo Prudêncio (EBI Santo Onofre, Caldas da Rainha), Pedro Castro (Esc. Sec. Maia), Ricardo Silva (EB 2/3 D. Carlos I, Sintra), Rosa Medina de Sousa (Esc. Sec. José Saramago, Mafra) e Teodoro Manuel (Esc. Sec. Moita).
Público, 13 de Junho de 2009
Estudo prova efeitos nefastos do ECD e do Modelo de Avaliação de Professores ... o estudo que demonstra o que TODOS sabem ...
É um estudo académico realizado por um professor de Economia Aplicada da School of Business and Management da Universidade de Londres. O estudo tem o título de Individual Teacher Incentives, Student Achievement and Grade Inflaction. O autor é português: Prof. Pedro Martins. Para além de ser professor na Universidade de Londres, Pedro Martins é "fellow researcher" no Instituto Superior Técnico e no Institute of the Study of Labour, em Bona.
O estudo investigou o impacto das reformas educativas, realizadas, em Portugal, nos últimos 3 anos, no desempenho dos alunos do ensino secundário. O novo ECD, imposto pelo decreto-lei 15/2007, foi incluído no leque de reformas educativas. O estudo baseia-se na informação individual dos resultados dos exames em todas as escolas secundárias portuguesas desde o ano lectivo 2001-02 até ao último ano lectivo completo (2007-08). Utiliza informação disponibilizada pelo Júri Nacional de Exames e que tem sido utilizada para a construção de rankings (por exemplo, aqui e aqui).
Em termos específicos, compara a evolução dos resultados internos e externos (exames nacionais) nas escolas públicas do continente com as escolas privadas e também com as escolas públicas das regiões autónomas. A motivação para esta escolha está no facto de os dois últimos tipos de escolas não terem sido afectadas - pelo menos não com a mesma intensidade - pelas várias alterações introduzidas no estatuto da carreira docente e avaliação de desempenho dos professores. Nessa medida, tanto as escolas privadas como as escolas públicas das regiões autónomas podem servir como contrafactual ou grupo de controlo.
Os resultados indicam uma deterioração relativa de cerca de 5% em termos dos resultados dos alunos das escolas públicas do continente em relação tanto às escolas públicas da Madeira e Açores como às escolas privadas. A explicação dada pelo autor do estudo para este resultado prende-se com os efeitos negativos em termos da colaboração entre professores a partir do momento em que a avaliação de desempenho surgiu associada aos resultados escolares dos alunos (taxas de insucesso e de abandono). Ou seja, os professores começaram a colaborar menos uns com os outros e a partilharem menos os materiais e os conhecimentos. Por outro lado, o aumento da carga burocrática associada à avaliação também poderá ter tido custos em termos da qualidade da preparação das aulas.
Por outro lado, o estudo conclui que a variação em termos dos resultados internos destes mesmos alunos é menor, embora também negativa - cerca de 2% (em contraponto a 5% nos exames nacionais). A diferença entre os dois resultados, que sugere aumento da inflacção das notas, pode explicar-se pela ênfase colocada pelo ECD (decreto-lei 15/2007) e pelo modelo de avaliação de desempenho (decreto regulamentar 2/2008), pelo menos na sua primeira versão (antes da avaliação simplificada) - nos resultados dos alunos (taxas de insucesso e de abandono) como item a ser considerado na avaliação dos professores.
Este estudo é de enorme importância. As conclusões arrasam o novo ECD, o novo modelo de avaliação de desempenho de professores e as restantes reformas educativas introduzidas no ensino secundário. Espero que os jornais e as televisões peguem nos resultados deste estudo. Está tudo neste post, incluindo a versão completa do estudo do Prof. Pedro Martins.
Para saber mais:
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Fenprof ameaça acabar negociações com ministra
No entanto, acredita que a derrota do PS nas europeias até pode beneficiar os professores
A Fenprof poderá abandonar as negociações com o Ministério da Educação, marcadas para esta sexta-feira, caso Maria de Lurdes Rodrigues não recue em relação ao Estatuto da Carreira Docente e ao modelo de avaliação de desempenho.
«A Fenprof admite ser inútil e até negativa a participação em reuniões que apenas serviriam para iludir os professores, fazendo parecer que há negociação sem, de facto, haver», pode ler-se no comunicado enviado às redacções.
No entanto, a Federação liderada por Mário Nogueira até «parte para esta reunião com uma natural expectativa positiva», devido à derrota do PS nas europeias: «Está criado um novo cenário político que abre perspectivas reais de mudança e, no imediato, de alteração da postura anti-negocial do Ministério da Educação.»
Caso nada seja mudado, a Fenprof avisa que «os professores poderão ter de prosseguir as suas grandes lutas, talvez ainda este ano escolar ou, provavelmente, em Setembro».
quarta-feira, 10 de junho de 2009
“Deixem-na estar! Deixem-na estar!”
O arrogante, raivoso e neurótico “Deixem-me passar! Deixem-me passar!” da ministra, acompanhado por empurrões, é acima de tudo um sinal de má educação de uma pessoa que não se sabe comportar em democracia. Mas é também um sinal de tristeza de quem não vê reconhecido o seu ganho pelos seus pares. O que também é de uma grande má educação, reconheça-se.
Conclui-se, pois, que os professores prestam um mau serviço à democracia quando pedem a demissão da ministra, sobretudo tão perto das eleições. Gritemos agora “Deixem-na estar! Deixem-na estar!”. Pois ela consegue mais facilmente derrubar o governo (e a ela própria, claro está) do que os 140 mil professorzecos… esses ratos!
António Galrinho
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Manifestação - 30 de Maio
Concentração e percursos
Locais de concentração:
a) Os docentes provenientes do Norte e Centro concentram-se no Parque Eduardo VII.
b) Os docentes provenientes da área da Grande Lisboa e do Sul concentram-se na Rua Joaquim António de Aguiar (sentido descendente, é a rua que liga o Marquês às Amoreiras).
O percurso da manifestação terá a seguinte orientação:
Ordem de entrada na Manifestação: 1º Sul; 2º Grande Lisboa; 3º Centro; 4º Norte. (Madeira e Açores a ver no local)
A cabeça da manifestação sairá do final da Rua Joaquim António Aguiar / Praça Marquês de Pombal. Quando todos estiverem já na Avenida da Liberdade, deslocar-se-ão os docentes do Centro e do Norte, desde o final do Parque Eduardo VII, para a Avenida da Liberdade.
O desfile termina com uma concentração na Praça dos Restauradores.
Indicações para os autocarros:
Autocarros provenientes do Sul e da Grande Lisboa (via A2 - Ponte 25 de Abril) deverão dirigir-se em direcção a Marquês de Pombal - Avenida Duarte Pacheco - Rua Joaquim António de Aguiar, onde descarregam os docentes e seguem, pela Rua Artilharia 1, para a Alameda Cardeal Cerejeira, onde estacionam. No regresso os professores procuram os autocarros na Cardeal Cerejeira. (Nota - A Alameda Cardeal Cerejeira é a rua do Alto do Parque Eduardo VII, onde está a bandeira gigante). Autocarros provenientes do distrito de Santarém dirigem-se, via Eixo Norte / Sul, para a Praça de Espanha, sobem a Avenida António Augusto de Aguiar e logo a seguir à lateral do Corte Inglés cortam à direita para a Alameda Cardeal Cerejeira. Os docentes dirigem-se depois a pé para a Rua Joaquim António de Aguiar, descendo o Parque Eduardo VII.
Autocarros provenientes do Norte e Centro deverão descarregar os docentes junto ao Marquês de Pombal e dirigirem-se para a Avenida da Liberdade, Restauradores, Rossio, Rua do Ouro, Rua do Arsenal (aberta nesta altura excepcionalmente) e daí para a Avenida 24 de Julho para estacionamento. No regresso os professores vão ter com os autocarros, pelo mesmo percurso. O regresso destes autocarros far-se-á obrigatoriamente pela Avenida de Ceuta, que dá ligação ao Eixo Norte - Sul e à 2ª Circular (saídas pela A1 e A8).
Notas: Não esquecer que a Avenida da Ribeira das Naus está encerrada ao trânsito (é a avenida/rua junto ao rio no Terreiro do Paço) pelo que a aproximação a Lisboa não deverá ser feita pelo IC2 e eixo junto ao Tejo. Convém que quem vem do norte e centro utilize a A1 ou a A8 e faça a aproximação ao Marquês de Pombal pelo eixo central (Campo Grande, Entrecampos, Saldanha, Marquês de Pombal). Em alternativa poderão dirigir-se ao Eixo Norte / Sul e sair para a Praça de Espanha e depois seguir pela Avenida António Augusto de Aguiar e descer para o Marquês.
Todos os passageiros devem ficar com o número de telemóvel do responsável do autocarro e do motorista.
A Manifestação começa às 15h. Convém chegar antes.
BOA VIAGEM!
ONDE VAMOS ESTAR NO DIA 30
AMANHÃ OS MOVIMENTOS INDEPENDENTES, APEDE, MUP E PROMOVA, ENCONTRAM-SE PELAS 15 HORAS JUNTO À SEDE DO «DIÁRIO DE NOTÍCIAS».
TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM.
Movimento Professores Revoltados Integra a A.P.E.D.E. desde a sua formação!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Visão - Estatísticas
A edição de hoje – para comprar e guardar, depois de colocar umas páginas nas salas de professores e demais lugares públicos do país - traz uma matéria bastante extensa, com variados testemunhos, sobre o estado da Educação em Portugal.
Mais importante: traz os resultados de uma sondagem feita especificamente sobre este tema que é exaltante para os professores e demolidora para políticos, eduqueses e albinos.
Ao contrário de tudo aquilo que por vezes nos querem fazer crer – a começar pelos carpideiros do «o povo não quer saber de vocês» – a opinião pública continua a ter os professores na mais elevada consideração, considerando-os os menos responsáveis pelo estado negativo em que se considera estar a Educação.
A sondagem não foi encomendada por nenhum sindicato ou blogue. Não é desinformação, nem nenhuma manobra esconsa de conspiradores. Deveria ser lida com atenção pela equipa da 5 de Outubro, pelo pai da Nação e pelos presidentes de Conselhos e Observatórios da treta (caso se prove que sabem ler sondagens desagradáveis e que colocam os professores como os menos responsáveis pelo estado de coisas).
Claro que há quem ache que estarei errado, mas são matérias destas, com base empírica fiável e não inquéritos à saída de casa de um secretário de Estado, que fazem mais pela demonstração da razão dos professores do que prosas inflamadíssimas ou ribombares e cantos a plenos pulmões.
Mais adiante deixarei o breve depoimento que fiz sobre os dados da sondagem, os quais tenho em meu poder há algumas semanas e que divulgarei a partir de hoje à noite de forma mais extensa, de acordo com promessa feita à Teresa Campos da Visão de não antecipar nada sobre o assunto em relação à edição da revista.
E os compromissos são para cumprir. Sempre.
Visão, 28 de Maio de 2009
http://educar.wordpress.com/2009/05/28/excelente-visao/
segunda-feira, 25 de maio de 2009
COMUNICADO DO MUP E DA APEDE
SOBRE A MANIFESTAÇÃO DE 30 DE MAIO
- • Revisão do ECD e supressão imediata da divisão da carreira entre titulares e não titulares;
• Suspensão do actual modelo de avaliação do desempenho e negociação de um modelo sério, à luz de uma carreira docente reestruturada em moldes que não criem desigualdades artificiais e injustas;
• Manutenção do vínculo por nomeação definitiva para todos os professores;
• Preservação dos quadros de escola;
• Manutenção do carácter nacional dos concursos de colocação de professores e do princípio de que a melhor graduação corresponde à melhor colocação;
• Fim do modelo de administração escolar instituído pelo Ministério e restabelecimento da gestão democrática das escolas.
MUP (Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores)
APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)
sexta-feira, 22 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Professores da Escola Secundária de Lousada contestam formas de luta propostas pela Plataforma Sindical
Pertencemos a uma escola secundária que talvez seja caso único no país, pois dos cerca de 140 professores somente um solicitou aulas assistidas e entregou objectivos individuais. Temos agido de forma unida e coerente: fomos às duas manifestações nacionais e a adesão às duas greves foi sempre acima dos 97%.
Consideramos (e fizemos saber ao nosso delegado sindical da Fenprof) que as formas de luta têm de ser radicalizadas e NUNCA atenuadas, sobretudo nesta altura do ano lectivo e neste período político (época pré-eleitoral).
Entendemos que nova manifestação ao sábado é totalmente desadequada, dado que já fizemos duas com números de adesão assombrosos e nada foi conseguido. O mesmo ocorreria se se realizasse greve de um dia (e mais se revela totalmente descabida e anedótica a realização de paralisações por dois tempos lectivos – o que nos remete para a pergunta: se duas greves com adesões de cerca de 90% em dois dias não surtiram efeito, o que leva os sindicatos a pensarem que uma paralisação por dois tempos provocará alguma mudança? É como esperar que um doente que precisa de penicilina, se cure apenas com benuron…)
Com efeito, os professores da Escola Secundária de Lousada (e estamos em crer que a esmagadora maioria dos professores) não se revêem no abrandamento das formas de luta. Como tal, não participarão nem na pseudo-greve de dois tempos lectivos prevista para o dia 26 de Maio, nem na manifestação masoquista “para Lisboeta ver” no dia 30 de Maio.
É que, ou se luta com as armas todas, ou então, sentemo-nos a descansar que bem precisamos por esta altura…
Professores da Escola Secundária de Lousada
Lousada, 7 de Maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
A LEI 12-A AINDA NÃO FOI REVOGADA
Como o Ramiro Marques sublinha, a Lei 12-A/2008 não foi revogada apenas porque um organismo obscuro do Ministério da Educação veio agora ordenar a suspensão da sua aplicação àqueles órgãos executivos das escolas mais pressurosos e ansiosos por superar os padrões do seguidismo pró-governamental.
A Lei 12-A/2008 mantém-se de pé, pronta a ser aplicada a partir do momento em que tal for de conveniência política para o Governo.
A Lei 12-A/2008 continua a ser a principal ameaça para a estabilidade profissional e a garantia de emprego dos professores em geral, bem como da maioria dos funcionários, ao substituir os vínculos a quadros de escola (ou de zona pedagógica) por mapas de pessoal que passarão a incluir somente aqueles que corresponderem às "necessidades" do respectivo local de trabalho. TODOS OS OUTROS SERÃO DISPENSÁVEIS, independentemente de quantos anos de serviço tiverem e até da sua categoria profissional (titulares incluídos, pois não se pense que haverá aqui "lugares ao sol" resguardados das intempéries).
A Lei 12-A/2008 assenta numa distinção iníqua que, no caso dos professores, aprofunda a iniquidade já inerente à divisão da carreira estabelecida pelo ECD: essa Lei distingue entre trabalhadores do Estado "realmente importantes" (os que mantêm a nomeação definitiva) e todos os outros, tratados como rebotalho que a qualquer altura pode ser chutado para fora do sistema. Ao precarizar a condição dos trabalhadores do sector público, a Lei 12-A/2008 aplica-lhes a precariedade do sector privado como norma das relações de poder laboral, reforçando-a e aprofundando-a.
A concretização desta Lei deixará os funcionários públicos e os professores muito mais vulneráveis ao despotismo dos poderes instituídos nos seus locais de trabalho, inibindo e reprimindo a autonomia pensante e as resistências contra a arbitrariedade de pequenos tiranetes e caciques que nós sabemos bem estarem já a emergir nos mais diferentes cantinhos.
Por tudo isto, a APEDE apela a que os professores se organizem nas escolas para lutar contra esta Lei, recorrendo a todos os procedimentos que estão ao seu alcance, em particular os de carácter jurídico. Uma das formas de combate poderá passar pela quotização ou criação de fundos comuns que financiem estratégias grupais de impugnação judicial.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
DREC recua perante a ilegalidade do fim do vínculo de nomeação
Numa informação enviada pela Direcção Regional de Educação do Centro para os órgãos de gestão das escolas/agrupamentos é dada a orientação de que devem ser suspensos todos os procedimentos que tenham transformado nomeações definitivas em contratos de trabalho por tempo indeterminado, os quais foram ou poderiam vir a ser publicitados e afixados nas salas de professores.
O SPRC/FENPROF sempre considerou este procedimento ilegal e declarou guerra jurídica e judicial a estes actos precipitados e ilegais de muitos conselhos executivos, induzidos em erro pela administração educativa. Nesse sentido, o gabinete jurídico do SPRC elaborou uma minuta de requerimento de correcção da ilegalidade, profusamente divulgada, a qual foi interposta por muitos docentes da região.
Este procedimento de algumas escolas incorria em ilegalidade por dois motivos principais:
(1) o facto de existir um diploma regulamentador da função docente que prevalece sobre a norma geral contida no novo Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas — o Estatuto da Carreira Docente;
(2) o facto de esta matéria estar sob suspeita de ser inconstitucional, tendo merecido, por iniciativa do grupo parlamentar PCP, a que se juntaram PEV, BE, e deputados do grupo parlamentar do PSD, bem como de uma deputada sem grupo parlamentar, um pedido de verificação dessa mesma inconstitucionalidade.
Esta matéria é, aliás, alvo de forte contestação pelos docentes portugueses e motivo de preocupação quanto ao que reservará o futuro neste ou num quadro político semelhante.
O SPRC congratula-se com o resultado de uma forte acção desenvolvida nos locais de trabalho e de pressão sobre o ME e a DREC, para que parassem todos os actos administrativos ilegais e corrigidos os já verificados.
VALE A PENA LUTAR!