Um dia após ter marcado reuniões de "agenda aberta", o ministério avisou que não suspende processo em "circunstância alguma" e que só aceitará acertos que não afectem a essência do modelo. Plataforma devolve pressão ao Governo, garantindo que está a fazer tudo para resolver o conflito a bem
Menos de 24 horas depois de ter marcado reuniões de "agenda aberta" e sem "precondições", o Ministério da Educação esclareceu que não admite qualquer cenário de suspensão da avaliação, e mesmo eventuais ajustes este ano não poderão pôr em causa a essência do modelo.
Ontem à tarde, no ministério, para desfazer "equívocos", o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afirmou categoricamente que "não haverá suspensão em circunstância alguma", reforçando que na próxima semana serão aprovados os últimos instrumentos que permitirão concretizar as medidas de simplificação do processo.
Quanto a eventuais ajustes ainda este ano, após a negociação, dependerão da hipótese, que o ministério não considera muito "provável", de os sindicatos "fazerem algum contributo que ainda possa ser usado" e que "permita fazer a avaliação nos termos em que ela está definida".
É verdade que, já de véspera, ao anunciar a reunião de dia 15, o governante tinha afirmado que, para o ministério, a suspensão das avaliações não estava "em cima da mesa". Mas também disse que iria "ouvir tudo" o que os sindicatos propusessem. Face a estes esclarecimentos, falta saber o que resta afinal para negociar "abertamente" no dia 15. Pedreira garantiu ontem que o enfoque será "no futuro" e que o ministério até "tem propostas a apresentar". Mas não para qualquer alteração relativa a este ano.
Plataforma pede "seriedade"
Apesar de ter saído da reunião de quinta--feira convicta de que a suspensão estava "em cima da mesa de negociações", a Plataforma Sindical mantém, para já, o congelamento das próximas greves, porque quer "ver" in loco exactamente o que o ministério está disposto a discutir.
Ontem, ainda antes das declarações de Jorge Pedreira, Mário Nogueira tinha avisado que, "se o Ministério quiser guerra, vai ter guerra". Mas, mais tarde, em declarações ao DN (ver entrevista), preferiu não dar a aproximação por falhada, preferindo reforçar ter ficado "perfeitamente claro" que todas as possibilidades "seriam discutidas com igual importância". Ao final do dia, em conferência de imprensa da Plataforma, o sindicalista optou mesmo por uma postura pedagógica, considerando que o discurso de Pedreira "não ajuda" a pacificar o sector e apela à "seriedade" e à "moderação" até às reuniões, considerando "muito importante" o sinal dado pelos sindicatos.
Os movimentos independentes dos professores, reunidos ontem em Leiria, aprovaram uma proposta na qual exigem que qualquer acordo entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical seja objecto de um referendo.
http://dn.sapo.pt/2008/12/07/sociedade/ministerio_suspende_em_circunstancia.html
Menos de 24 horas depois de ter marcado reuniões de "agenda aberta" e sem "precondições", o Ministério da Educação esclareceu que não admite qualquer cenário de suspensão da avaliação, e mesmo eventuais ajustes este ano não poderão pôr em causa a essência do modelo.
Ontem à tarde, no ministério, para desfazer "equívocos", o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afirmou categoricamente que "não haverá suspensão em circunstância alguma", reforçando que na próxima semana serão aprovados os últimos instrumentos que permitirão concretizar as medidas de simplificação do processo.
Quanto a eventuais ajustes ainda este ano, após a negociação, dependerão da hipótese, que o ministério não considera muito "provável", de os sindicatos "fazerem algum contributo que ainda possa ser usado" e que "permita fazer a avaliação nos termos em que ela está definida".
É verdade que, já de véspera, ao anunciar a reunião de dia 15, o governante tinha afirmado que, para o ministério, a suspensão das avaliações não estava "em cima da mesa". Mas também disse que iria "ouvir tudo" o que os sindicatos propusessem. Face a estes esclarecimentos, falta saber o que resta afinal para negociar "abertamente" no dia 15. Pedreira garantiu ontem que o enfoque será "no futuro" e que o ministério até "tem propostas a apresentar". Mas não para qualquer alteração relativa a este ano.
Plataforma pede "seriedade"
Apesar de ter saído da reunião de quinta--feira convicta de que a suspensão estava "em cima da mesa de negociações", a Plataforma Sindical mantém, para já, o congelamento das próximas greves, porque quer "ver" in loco exactamente o que o ministério está disposto a discutir.
Ontem, ainda antes das declarações de Jorge Pedreira, Mário Nogueira tinha avisado que, "se o Ministério quiser guerra, vai ter guerra". Mas, mais tarde, em declarações ao DN (ver entrevista), preferiu não dar a aproximação por falhada, preferindo reforçar ter ficado "perfeitamente claro" que todas as possibilidades "seriam discutidas com igual importância". Ao final do dia, em conferência de imprensa da Plataforma, o sindicalista optou mesmo por uma postura pedagógica, considerando que o discurso de Pedreira "não ajuda" a pacificar o sector e apela à "seriedade" e à "moderação" até às reuniões, considerando "muito importante" o sinal dado pelos sindicatos.
Os movimentos independentes dos professores, reunidos ontem em Leiria, aprovaram uma proposta na qual exigem que qualquer acordo entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical seja objecto de um referendo.
http://dn.sapo.pt/2008/12/07/sociedade/ministerio_suspende_em_circunstancia.html
Sem comentários:
Enviar um comentário