Correio da Manhã – O Governo diz que está disponível para negociar sem condições prévias e acusa os sindicatos de impor como condição prévia a suspensão do modelo...
Mário Nogueira – Nós estamos disponíveis para negociar e se alguém está a inviabilizar e a impor condições prévias é o Ministério da Educação (ME) que disse que qualquer discussão que não passe pela aplicação deste modelo está fora de hipótese.
– A ideia que passou para a opinião pública é de que o Governo cedeu e os sindicatos não...
– O Governo tem passado essa mensagem mas não fez nenhuma cedência, mudou alguns aspectos por uma questão táctica só para este ano, como é o caso dos resultados escolares. Quem não cedeu até aqui foi o ME e os professores até achariam estranho que os sindicatos agissem de forma diferente do que têm feito.
– Há abertura do Governo para acabar com a divisão da carreira em titulares e não titulares?
– Não. A ministra pôs de parte, na reunião de sexta-feira, acabar com a divisão da carreira e até disse que estávamos a subir a parada, quando essa é uma questão essencial.
– Que adesão espera para a greve de quarta-feira?
– Vai ser uma grande greve. O Governo está muito preocupado e a utilizar todos os meios para desmobilizar os professores, porque sabe que será uma greve com a dimensão que nenhuma outra teve e que depois terá um espaço reduzido para manter as mesmas posições.
– Que meios está o Governo a utilizar?
– Não estou a falar de ameaças, o ME não chegou a isso. Mas fez apelos para os professores socialistas não fazerem greve, enviou e-mails a todos os professores para preencherem os objectivos individuais e promoveu reuniões com todos os conselhos executivos do País no sentido de se aplicar a avaliação.
Fonte: CM de 1/12/08
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