quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Cuidado com os entendimentos... Quem avisa...

Sindicatos disponíveis para debater novo modelo de avaliação


Os sindicatos de professores garantiram hoje ter «disponibilidade completa e absoluta» para discutir a proposta que a ministra da Educação fez hoje no Parlamento de alterar ou mesmo substituir o modelo de avaliação no próximo ano lectivo.

«Agora temos que nos sentar e discutir o que é a substituição e, para isso, a nossa disponibilidade é completa e absoluta«, disse o porta-voz da Plataforma Sindical da Educação aos jornalistas, Mário Nogueira.

A ministra da Educação admitiu hoje no Parlamento estar disponível para alterar e até substituir o actual modelo de avaliação dos professores, mas apenas no próximo ano lectivo e desde que seja aplicado já este ano.

«Uma vez iniciada este ano uma avaliação séria dos professores, estarei totalmente aberta à discussão de alterações a este modelo e até à sua substituição, mas em anos seguintes, não neste«, disse Maria de Lurdes Rodrigues, durante um debate de urgência sobre a avaliação de desempenho dos docentes pedido pelo Bloco de Esquerda.

Reagindo a estas declarações, Mário Nogueira disse que os sindicatos do sector respeitam «o que [a ministra da Educação] disse e ainda mais por ser na Assembleia da República«, mas que «agora as negociações com o sindcatos far-se-ão directamente« e assim que a «a senhora ministra estiver disponível«.

«Apelamos [a que a ministra da Educação] esteja disponível rapidamente, se possivel para a proxima semana, por forma a clarificar esse conceito de substituição [do modelo de avaliação] de que falou na Assembleia da República«, afirmou.

Mário Nogueira considerou ainda que estas declarações de Maria de Lurdes Rodrigues são resultado da greve nacional de professores de quarta-feira.

«Antes da greve com a dimensão da de ontem, a ministra não falava da substituição do modelo de avaliação. Quer dizer que algum resultado já está a ter«, disse o também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que falava aos jornalistas em frente do Ministério da Educação, onde decorre uma vigília de docentes.

Mário Nogueira afirmou que, na última reunião entre os sindicatos e o Ministério, a possibilidade da substituição do modelo de avaliação «estava fora da agenda« de Maria de Lurdes Rodrigues.


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=61&id_news=362208&page=0

2 comentários:

MFerrer disse...

ÚLTIMA HORA

Com os olhos esbugalhados pelo seu próprio desespero, Mário Nogueira veio aos gulosos tele-jornais dar conta de um baixar da guarda por parte do MEducação.

Veio contar que tinha desmarcado as greves regionais visto que o ME teria entregue os pontos e aceitado colocar sobre a mesa de negociações tudo e mais alguma cloisa.

Mário Nogueira foi longe demais e declarou expressamente que o Ministério teria mesmo aceite discutir com a Plataforma, o Estatuto da Carreira Docente a par de, pelos vistos, poder até suspender a Avaliação dos professores.

Nada mais falso!

Estou em condições de avançar que o ME acaba de fazer sair um comunicado esclarecedor.


COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
21:00h, 5 de Dezembro de 2008

1 – Chegou hoje ao fim o processo de negociação das medidas tomadas pelo Governo no dia 20 de Novembro para facilitar a avaliação do desempenho dos professores.
2 – Os sindicatos, neste processo, não apresentaram qualquer alternativa ou pedido de negociação suplementar, pelo que o ME dá por concluídas as negociações, prosseguindo a aprovação dos respectivos instrumentos legais.
3 – O ME, mantendo a abertura de sempre, respondeu positivamente à vontade dos sindicatos, expressa publicamente, de realização de uma reunião sem pré-condições, isto é, sem exigência de suspensão da avaliação até aqui colocada pelos sindicatos. Foi por isso agendada uma reunião para o dia 15 de Dezembro, com agenda aberta.
4 – Os sindicatos foram informados que o ME não suspenderá a avaliação de desempenho que prossegue em todas as escolas nos termos em que tem vindo a ser desenvolvida.

A falta de vergonha e o oportunismo não têm limites!
Mas em que mãos se foram meter estes professores...

Anónimo disse...

Eu não acredito nestes "merceeiros" do ministério. Estou disponível para lutar até ao fim. Como é que posso desenvolver um trabalho sério se os que me governam não são sérios? Amigos e colegas espero sinceramente que os sindicatos não caiam na mesma ratoeira. Temos que exigir o que nos tiraram - A DIGNIDADE, e revogar o ECD.