domingo, 24 de fevereiro de 2008

Movimento que reuniu 700 docentes em Leiria aprova moção

O movimento de professores «Em Defesa da Escola Pública», que conseguiu reunir 700 pessoas em Leiria este sábado, aprovou uma moção em que «defende a escola pública e condena o modelo de gestão» proposto pelo Governo, escreve a Lusa.

José Vitorino Guerra, um dos promotores desta nova estrutura, disse este domingo que a moção, a ser entregue a um representante do Governo, «expressa a preocupação pela política educativa e o profundo mal-estar da sociedade portuguesa».

«Este é um movimento apartidário, aberto a todos os cidadãos, que se preocupa com a instabilidade e medo que se começa a viver em muitas escolas por culpa do Governo», afirmou.

Mais de 700 pessoas, na sua maioria professores, reuniram-se sábado em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva, onde discutiram a política educativa, nomeadamente o concurso para professores titulares, o novo modelo de gestão e a forma do processo de avaliação.

«Os participantes discordaram abertamente das intenções governamentais, defendendo que as escolas devem ser tratadas como instituições», disse Vitorino Guerra, lamentando que a «democraticidade interna esteja posta em causa pela Governo».

Este responsável do movimento lamenta ainda que se queira «destruir as escolas públicas», cujo modelo evoluiu e foi corrigido nos últimos 30 anos, abrindo portas à «partidarização» dos estabelecimentos de ensino, através do novo modelo de gestão proposto pela tutela.

«Estas questões têm de ser discutidas e objecto de um amplo consenso», afirmou Vitorino Guerra, sublinhando que «o movimento lamenta estar a agir, mas é preocupante o Governo não estar a governar para os cidadãos».

Para além da moção e de uma petição a entregar na Assembleia da República, os participantes na reunião promovida pelo movimento «Em Defesa da Escola Pública» decidiram pedir uma audiência à Comissão de Educação, no Parlamento, e convocar outros movimentos para se unirem «em defesa da escola pública».

1 comentário:

Anónimo disse...

Continuem, continuem, para que todo o País possa confirmar aquilo de que já se suspeitava, a falta de nível a todos os títulos) dos professores que alinham (e só esses) nesta chuchadeira.
Com os elevados gastos na educação (em percentagem do PIB) e os péssimos resultados obtidos, querem que o desbarato prossiga.....um bocadinho, só um bocadinho, de bom senso não lhes ficava mal!