domingo, 18 de maio de 2008

VAMOS APOIAR ESTA COLEGA

A propósito da notícia dramática do Público de hoje (18-05-08) que aqui colocámos "Professora agredida por mãe de aluno poderá ser obrigada a demitir-se de funções", e a fazer fé nesse relato, parece-nos que esta colega estará a precisar de urgente apoio jurídico para fazer face à perseguição de que está a ser alvo.

A professora de Educação Musical da EB 2,3 de Maceda, Ovar, a quem foi instaurado um processo disciplinar depois de ter sido agredida pela mãe de um aluno, poderá ser exonerada ou forçada a demitir-se. Este primeiro processo interno, em que se acusava a docente de ter agredido a encarregada de educação na presença da então presidente do conselho executivo, situação na altura desmentida pela professora, foi arquivado pela Inspecção-Geral de Educação há cerca de um ano.

O PÚBLICO sabe que o estabelecimento de ensino instaurou, entretanto, mais dois processos disciplinares contra a mesma docente, Brites Marques, por faltas injustificadas e por considerar que há agravantes na sua conduta.

Os processos estão em curso e há, inclusive, uma proposta de acusação que prevê como sanção a exoneração ou demissão da professora de 46 anos e 24 de carreira - a quem foi retirada a coordenação do 2.º ciclo. Brites Marques é acusada de não ter justificado perto de 20 faltas.

Stresse pós-traumático

Segundo o PÚBLICO apurou, a maioria dessas ausências prende-se com acções de formação do conhecimento da própria escola e da Direcção Regional de Educação do Centro. Helena Caldeira, presidente do conselho executivo da EB 2,3 de Maceda, que, na altura dos factos, não exercia esta função, não comentou o assunto.

Contactada pelo PÚBLICO, Brites Marques não quis prestar declarações. Mas, há um ano, a docente contava o que lhe tinha sucedido a 15 de Novembro de 2006 e que a levou a apresentar baixa médica por stresse pós-traumático. “A mãe agarrou-me o cabelo, fiquei com o couro cabeludo a doer-me muito tempo, deu-me pontapés, ferrou-me nos braços”,

Tudo aconteceu numa reunião solicitada pela mãe do aluno, mais de um mês após o filho, de dez anos, ter sido levado ao director de turma por ter batido nas mãos da professora e estar a rabiscar a mesa da sala de aula. Brites Marques acabaria por dar entrada com uma taquicardia no Hospital de Ovar, fez provas periciais e apresentou queixa por agressão.

A encarregada de educação fez precisamente o mesmo. As queixas deram origem a um processo único, cujo início do julgamento esteve marcado para a última terça-feira. A audiência foi adiada e ainda não foi agendada nova data.

O presidente da associação de pais da EB 2,3 de Maceda, Joaquim Cunha, desconhece a instauração dos processos disciplinares.

“Só tenho conhecimento de que a docente está ao serviço”, refere. E acrescenta: “Até à altura da agressão da docente, a minha convicção e a da associação de pais era a de que a professora Brites era uma excelente profissional. Só lamentamos que outros professores não sejam como ela”, afirma o presidente da associação de pais.

Um mês depois da agressão, a estrutura representativa dos pais escrevia ao conselho executivo a pedir que fosse “retirado de imediato àquela mãe o estatuto de representante dos encarregados de educação da turma do filho”.

A associação de pais lamenta ainda “a atitude do conselho directivo da escola de Maceda, pela falta de tomada de posição”. Joaquim Cunha revela que continua sem saber se esse estatuto foi retirado à encarregada de educação.
relatava.
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/05/vamos-apoiar-esta-colega.html

1 comentário:

Anónimo disse...

BOICOTE ÀS GASOLINEIRAS JÁ !!!

Vide em .:

http://o-povo-vai-nu.blogspot.com/

Exerça o seu direito de cidadania com eficácia !!!