Professores em protesto junto à sede do Partido Socialista
Alexandra Inácio

O primeiro-ministro foi vaiado por quase 200 professores, quando entrava, ontem, na sede do PS para se reunir com a ministra da Educação, os secretários de Estado e professores socialistas de todo o país.
Assim que José Sócrates saiu do carro, os professores explodiram e ecoou uma vaia monumental. "Queremos avaliação séria" e "rua" foram as primeiras palavras gritadas. "Venham às escolas" ou "venham dar aulas", as seguintes, repetidas sempre que outro militante entrava na sede, debaixo de assobios.
"Nunca tinha visto isto em tantos anos de democracia", afirmou Sócrates. Manifestando-se indignado, defendeu que o protesto não era expontâneo mas organizado "por militantes de outros partidos" que pretendem "condicionar a actividade do PS" e "intimidar os socialistas".
"Sei bem do que estou a falar. Fazem-no há muito tempo. Cada vez que vou a algum lugar em três anos" há sempre manifestações, comentou, garantindo que Governo e partido prosseguirão as linhas políticas traçadas. Ou seja, o modelo de avaliação de professores e o novo regime de gestão escolar.
A convocatória foi feita por SMS "Professores em luta pelo respeito a que têm direito. Todos ao Largo do Rato, dia 16, às 16 horas. Reencaminha!", lia-se nos telemóveis dos manifestantes. Muitos recusaram falar à Imprensa. Têm medo de represálias, repetiam aos jornalistas. Nenhum contesta a avaliação, mas todos se insurgem contra os parâmetros deste modelo. Queixam-se da excessiva burocracia que lhes rouba horas à preparação das aulas, de serem avaliados por colegas, das quotas que limitará as melhores notas ou de serem responsabilizados pelo abandono escolar.
"Os portugueses confiam numa escola em que os professores são avaliados pelas notas que dão aos seus alunos?", questionou Teresa Antunes. Outra professora, que não se identificou, denunciou um "clima de perseguição" aos que contestam o Governo e os conselhos executivos que se recusam a suspender o modelo de avaliação são "obviamente" afectos ao PS. A Fenprof demarcou-se do protesto.
NOTA:
José Sócrates afirmou: "Nunca tinha visto isto em tantos anos de democracia", manifestando-se indignado, porém, os professores nunca como agora foram feridos na sua dignidade profissional e pessoal. Indagnados estamos nós, professores! Como é hábito deste nosso "Primeiro", quando confrontado com manifestações de contestação à sua política, mais uma vez afirmou que este protesto "não era expontâneo", mas fora organizado "por militantes de outros partidos que pretendem condicionar a actividade do PS". É um Santo este nosso "Primeiro"! Beatifiquemo-lo!
Não, senhor "Primeiro", esta manifestação nasceu da iniciativa, corajosa, de alguns professores. Agora, foram duzentos. Para a próxima, seremos muitos mais!
Por isso, caros colegas, apelo para que muitos possam estar presentes, no dia 23 deste mês, nas Caldas da Rainha. Todos contamos com vocês. Só assim, UNIDOS, podemos honrar e dignificar a nossa classe!
Alexandra Inácio

O primeiro-ministro foi vaiado por quase 200 professores, quando entrava, ontem, na sede do PS para se reunir com a ministra da Educação, os secretários de Estado e professores socialistas de todo o país.
Assim que José Sócrates saiu do carro, os professores explodiram e ecoou uma vaia monumental. "Queremos avaliação séria" e "rua" foram as primeiras palavras gritadas. "Venham às escolas" ou "venham dar aulas", as seguintes, repetidas sempre que outro militante entrava na sede, debaixo de assobios.
"Nunca tinha visto isto em tantos anos de democracia", afirmou Sócrates. Manifestando-se indignado, defendeu que o protesto não era expontâneo mas organizado "por militantes de outros partidos" que pretendem "condicionar a actividade do PS" e "intimidar os socialistas".
"Sei bem do que estou a falar. Fazem-no há muito tempo. Cada vez que vou a algum lugar em três anos" há sempre manifestações, comentou, garantindo que Governo e partido prosseguirão as linhas políticas traçadas. Ou seja, o modelo de avaliação de professores e o novo regime de gestão escolar.
A convocatória foi feita por SMS "Professores em luta pelo respeito a que têm direito. Todos ao Largo do Rato, dia 16, às 16 horas. Reencaminha!", lia-se nos telemóveis dos manifestantes. Muitos recusaram falar à Imprensa. Têm medo de represálias, repetiam aos jornalistas. Nenhum contesta a avaliação, mas todos se insurgem contra os parâmetros deste modelo. Queixam-se da excessiva burocracia que lhes rouba horas à preparação das aulas, de serem avaliados por colegas, das quotas que limitará as melhores notas ou de serem responsabilizados pelo abandono escolar.
"Os portugueses confiam numa escola em que os professores são avaliados pelas notas que dão aos seus alunos?", questionou Teresa Antunes. Outra professora, que não se identificou, denunciou um "clima de perseguição" aos que contestam o Governo e os conselhos executivos que se recusam a suspender o modelo de avaliação são "obviamente" afectos ao PS. A Fenprof demarcou-se do protesto.
NOTA:
José Sócrates afirmou: "Nunca tinha visto isto em tantos anos de democracia", manifestando-se indignado, porém, os professores nunca como agora foram feridos na sua dignidade profissional e pessoal. Indagnados estamos nós, professores! Como é hábito deste nosso "Primeiro", quando confrontado com manifestações de contestação à sua política, mais uma vez afirmou que este protesto "não era expontâneo", mas fora organizado "por militantes de outros partidos que pretendem condicionar a actividade do PS". É um Santo este nosso "Primeiro"! Beatifiquemo-lo!
Não, senhor "Primeiro", esta manifestação nasceu da iniciativa, corajosa, de alguns professores. Agora, foram duzentos. Para a próxima, seremos muitos mais!
Por isso, caros colegas, apelo para que muitos possam estar presentes, no dia 23 deste mês, nas Caldas da Rainha. Todos contamos com vocês. Só assim, UNIDOS, podemos honrar e dignificar a nossa classe!
6 comentários:
Vamos exigir as 35 horas na escola!!! Já!!!
Está mais que na hora de demonstrar aos governantes que eles estão no parlamento porque a maioria do povo português assim o quis... mas quem o pôs lá também o tira...
Isto é um atentado à Democracia Portuguesa...
Pois é, agora os professores de 1ª classe são os do 1º ciclo, continuam a reformar-se com 32 anos de serviço e 52 de idade. Até agora não vi ninguém, incluindo sindicatos, a reconhecer que o ECD é para TODOS OS PROFESSORES.
... e já não têm a desculpa de suportaem maior carga horária do que os outros, agora com o alargamento do horário às horas não lectivas.
E eles ainda pudiam pensar em aulas magistrais. Reduziam muitos profs e o sucesso estava garantido. Reparem: nos ginasios das escolas punham-se todas as turmas do 8º ano ao mesmo tempo e tinham aulas de 90 minutos de Matematica, Português, Historia, etc... e quem tivesse duvidas ia a uma sala ter com o professor individualmente e tirava as suas duvidas. Ou então juntavam-se todos os CEFS numa só turma e davam-se aulas monumentais. Reparem só a constituição das turmas:
- Alberto Pé de Cabra - Curriculo- abandonou a escola no 5º ano por multiplas repetencias, o pai está preso por trafico, a mãe é trabalhadora noturna. tem 5 processos a decorrer em tribunal por furtos varios. SOLUÇÂO - regressar á escola cuja directora de turma será a ministra..
José Socrates vaiado??? se fosse José Socrates abatido isso é que era fabuloso. Só tive pena que o tipo que deu uns tiritos em Timor morre-se. Pudiamos contratá-lo e a troco dumas bejecas ele fazia o serviçinho
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