quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Alunos de secundária de Gaia acusam GNR de ameaças e agressão
26.11.2008 - 15h15 Lusa
Um grupo de alunos de uma escola de Arcozelo, Gaia, acusou hoje a GNR local de os ter ameaçado e agredido quando se preparavam para sair em direcção à manifestação que se realizou no centro da cidade do Porto.

"Estávamos junto à escola a apelar à participação na manifestação quando chegou um grupo de GNR's que nos começou a ameaçar e agrediu um dos meus colegas, que ficou com uma marca no pescoço", disse à Lusa, um dos alunos da Escola Secundária Arquitecto Oliveira Ferreira.

Segundo Fábio Lopes, os agentes da GNR ameaçaram os manifestantes com frases como "ou calas-te ou levas" e "há já molho", entre outras expressões.

"Foram brutos sem necessidade, houve até crianças do ensino básico que perante a situação começaram a chorar com medo", afirmou o mesmo aluno.

Os estudantes acusaram ainda a GNR de "lhes ter apreendido o altifalante com que tentavam aliciar outros colegas para aderirem ao protesto" e de os "proibirem de filmar os acontecimentos com o telemóvel".

"Disseram-nos que eram imagens ilícitas", frisou um dos alunos.

Em declarações à Lusa, fonte da GNR de Arcozelo afirmou que não houve qualquer ameaça ou agressão a nenhum dos alunos.

"Os agentes apenas actuaram no sentido de permitir o acesso normal à escola, que tinha sido fechada a cadeado", acrescentou a mesma fonte.

Os alunos da secundária de Arcozelo estão entre os que hoje se manifestaram, no centro da cidade do Porto.

Menos de uma centena de alunos do Ensino Secundário do Porto concentrou-se hoje na baixa portuense para, mais uma vez, protestar contra ao regime de faltas, as aulas de substituição e os exames nacionais.

Além da "Soares dos Reis" e da "Augusto Gil", a manifestação de hoje reuniu apenas mais um grupo de alunos de uma escola de Gaia, a secundária Arquitecto Oliveira Ferreira, de Arcozelo.

Após mais de uma hora de concentração, junto à Câmara do Porto, os manifestantes decidiram desmobilizar depois da PSP lhes ter comunicado que não tinham autorização para desfilar, como habitual, até à Direcção Regional de Educação do Norte, para entregarem o também já habitual documento com as suas principais reivindicações.

Hoje, apenas foi autorizada a deslocação à DREN de um pequeno grupo que, aliás, foi à boleia, no carro da PSP.

A extensa "mensagem" a entregar à directora regional de educação estava escrita em papel de cenário.

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