1. Os sindicatos afirmaram que nada do que é essencial foi mudado. E a ministra foi clara ao afirmar, ontem, na oportuna entrevista concedida à inenarrável RTP1, que o modelo se mantém. Até a ausência de consideração dos resultados dos alunos para efeitos da avaliação dos professores é uma medida a aplicar apenas este ano, porque - diz a ministra com cinismo - "as escolas ainda não são capazes de o fazer com confiança". Claro, a culpa é sempre dos professores. É justo, por isso, que a Plataforma Sindical mantenha o calendário de lutas e se continue firme na defesa da suspensão do modelo e abertura de negociações para a elaboração de outro que seja menos complexo e mais formativo.
2. O Presidente do Conselho de Escolas considera que o facto de os avaliadores terem de ser do mesmo grupo de recrutamento dos avaliados é impraticável. Pois claro que é. Deixaria de o ser se a periodicidade da avaliação passasse a ser de 4 anos e incidisse apenas nos docentes que estão para mudar de escalão.
3. A PCE da Escola Secundária Infanta Dona Maria, a primeira pública nos rankings, diz-se indignada com a não suspensão do modelo e acusa a ministra de estar a fazer uns remendos que tapam uns buracos e destapam outros.
4. Os partidos da oposição não estão convencidos e continuam a exigir a suspensão do modelo.
5. Segundo palavras da ministra da educação, o presidente da república não regateia apoio. Isso já sabíamos desde que Cavaco Silva se dispôs a fazer figura de secretário de estado acompanhando a ministra em visitas a escolas numa altura em que os professores se manifestavam nas ruas de Lisboa.
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