Foi com grande perplexidade e algum mal-estar que os professores da Escola E.B.2,3 de Beiriz leram a entrevista publicada no Público de 18 de Novembro, relatada pela presidente deste Conselho Executivo.
A grande maioria dos professores desta escola não se revê nas afirmações proferidas pela professora Luísa Moreira pois não concorda com este modelo de avaliação e tem sofrido desconforto e pressões por parte das hierarquias superiores no sentido do cumprimento dos prazos estabelecidos pelo ME.
Os professores sentem a conivência entre o poder político e as instâncias superiores desta escola, nomeadamente nas visitas ministeriais que têm acontecido durante este ano lectivo: A primeira, no início de Setembro, em que fomos brindados com a presença, entre outros, do primeiro-ministro, da ministra da educação e da directora da DREN, aquando da inauguração do Centro Novas Oportunidades e a segunda, mais recentemente e de forma mais discreta, com a presença da ministra e da directora da DREN.
A descrição da escola, nesta entrevista, foi subtilmente romanceada e adoçada pretendendo transmitir a ideia de que se trata de uma escola modelo. A realidade é bem diferente. Sempre tem existido alguma indisciplina (recentemente houve até alguns tumultos nas turmas do PIEF, imediatamente abafados, e cujas aulas decorrem no Quartel Militar, próximo da escola). As taxas de sucesso são apenas estatisticamente perfeitas, pois os professores são "conduzidos" a, no final do ano lectivo, não darem níveis inferiores a 3 (a atribuição do nível 2 só ocorre nalgumas disciplinas e com carácter excepcional).
O facto de não haver funcionários no recreio da escola deve-se, isso sim, a serem insuficientes, a ponto de a reprografia/papelaria nem sempre estar a funcionar quando devia. "A escola fecha às 18,30" - esta é a maior inverdade proferida na entrevista. Todos os professores têm tido reuniões após as 18,30 cuja confirmação consta das actas aí redigidas. Infelizmente, tal como os colegas das outras escolas, também sentimos o peso da avaliação – não especialmente das quotas da avaliação – mas de toda a pressão decorrente deste processo que nos conduz a um profundo cansaço.
Professores da Escola E.B. de Beiriz
(receido por e-mail)
Os professores sentem a conivência entre o poder político e as instâncias superiores desta escola, nomeadamente nas visitas ministeriais que têm acontecido durante este ano lectivo: A primeira, no início de Setembro, em que fomos brindados com a presença, entre outros, do primeiro-ministro, da ministra da educação e da directora da DREN, aquando da inauguração do Centro Novas Oportunidades e a segunda, mais recentemente e de forma mais discreta, com a presença da ministra e da directora da DREN.
A descrição da escola, nesta entrevista, foi subtilmente romanceada e adoçada pretendendo transmitir a ideia de que se trata de uma escola modelo. A realidade é bem diferente. Sempre tem existido alguma indisciplina (recentemente houve até alguns tumultos nas turmas do PIEF, imediatamente abafados, e cujas aulas decorrem no Quartel Militar, próximo da escola). As taxas de sucesso são apenas estatisticamente perfeitas, pois os professores são "conduzidos" a, no final do ano lectivo, não darem níveis inferiores a 3 (a atribuição do nível 2 só ocorre nalgumas disciplinas e com carácter excepcional).
O facto de não haver funcionários no recreio da escola deve-se, isso sim, a serem insuficientes, a ponto de a reprografia/papelaria nem sempre estar a funcionar quando devia. "A escola fecha às 18,30" - esta é a maior inverdade proferida na entrevista. Todos os professores têm tido reuniões após as 18,30 cuja confirmação consta das actas aí redigidas. Infelizmente, tal como os colegas das outras escolas, também sentimos o peso da avaliação – não especialmente das quotas da avaliação – mas de toda a pressão decorrente deste processo que nos conduz a um profundo cansaço.
Professores da Escola E.B. de Beiriz
(receido por e-mail)
1 comentário:
O modo difamatório e irresponsável como se está a denegrir a nossa escola e a pôr em causa todo o trabalho desenvolvido tem-nos revoltado de sobremaneira.
Não temos culpa da parcialidade veiculada de modo abusivo por alguns orgãos de comunicaçao social.
É importante que se saiba que essa carta escrita supostamente em nome dos "professores de Beiriz" é da autoria de apenas um ou dois docentes que nem sequer tiveram a coragem de se identificar e que não divulgaram internamente esse documento.
Exceptuando o facto de não estarmos de acordo com este Modelo de Avaliação do Desempenho (quem é que está?) todas as outras informações nele veiculadas são falsas, e demonstram escasso conhecimento da realidade da escola, desprezo pelo trabalho desenvolvido, ausência de escrúpulos, falta de solidariedade para com os colegas e uma imaturidade intolerável.
Orgulhamo-nos muito da nossa Escola, e do nosso Agrupamento e temos a certeza que ultrapassaremos este mau bocado tornando-nos ainda mais unidos e com vontade acrescida de trabalhar no nosso projecto educativo.
Custa-me estar sozinha, neste momento, a falar em nome da grande maioria dos professores da escola, mas custa-me ainda mais estar calada. Todavia não escrevo o meu nome para não assumir nenhum protagonismo. Esperamos em breve fazer um comunicado conjunto devidamente assinado.
Tudo tem os seus limites e realmente este clima de inverdades e de suspeitas à volta da nossa Escola já passou há muito o suportável.
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