O JN trazia hoje um título enganador e (in)cómodo para os protagonistas neste conflito entre o Ministério da Educação e os professores.
Para os professores o título é incómodo porque é falso que a avaliação esteja facilitada. Não se tornou mais fácil, apenas se tornou aparentemente mais simples em termos de aparato.
Porque a questão não é se a avaliação é fácil ou difícil. Está no facto de ela ser adequada ou não. De ela ser capaz de distinguir efectivamente o mérito ou não. De ser justa, equitativa e transparente ou não.
O que está em causa não é a facilidade.
Essa mensagem só pode ser cómoda para os que acham que os professores querem ser avaliados com base no laxismo ou facilitismo de que se queixam quando o ME o tenta aplicar aos alunos. Não é o caso.
Eu tive testes profundamente difíceis na Faculdade com apenas uma ou duas questões para uma hora. Em contrapartida, podem dar-me 10 páginas com centenas de parâmetros de resposta múltipla para fazer em 3 ou 5 horas e esse tipo de exame ser fácil.
O que está em causa é a qualidade do modelo de avaliação do desempenho docente, a sua adequação aos fins pretendidos. Não se é fácil ou difícil.
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