«Não retiro nenhuma das críticas que fiz à ministra da Educação, chocou-me profundamente a sua inflexibilidade, até porque já passei por muitas coisas pela minha vida e já travei muitos combates», advertiu o vice-presidente da Assembleia da República, numa crítica renovada a Maria de Lurdes Rodrigues.
Manuel Alegre lembrou que teve «de suportar muitos ministros durante a ditadura e muitas coisas após o 25 de Abril de 1974».
«Com a idade que tenho e com os combates que travei, não tenho mais paciência para suportar o quero posso e mando, a ideia que se pode ter toda a razão contra tudo e contra todos. Isto não é suportável, não é suportável por parte de um Governo apoiado pelo PS, que tem uma tradição e uma cultura democrática, e não é suportável por aqueles que prezam sobretudo a democracia», declarou.
Manuel Alegre contrapôs que a democracia «é feita de confronto, mas também de diálogo e de tolerância».
«Ninguém põe em causa a necessidade de avaliação, mas penso que se está a cometer um erro estratégico, porque não se pode governar para as estatísticas, não se pode passar de um laxismo a um excesso de burocracia e facilitismo, porque a falta de exigência degrada a escola pública», acrescentou.
O deputado socialista fez ainda um apelo para que termine o que apelidou de «clima de guerra civil permanente»
«Não é vergonha abrir ao diálogo. O que não é próprio da democracia é a teimosia e inflexibilidade», finalizou.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1042539
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