quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Braga: professores querem greve antecipada por tempo indeterminado

Os professores do distrito de Braga consideram que a greve nacional prevista para 19 de Janeiro é «demasiado distante», e que a força dos protestos do último sábado, em Lisboa, se dilua até lá. Decidiram, por isso, propor aos sindicatos que convoquem uma paralisação «a partir de 25 de Novembro e por tempo indeterminado» e ainda um encontro nacional de professores «para breve».

Estas duas medidas resultaram de um plenário geral de professores do distrito de Braga, que juntou centenas de docentes, esta terça-feira. «O que nos motivou foi querer auscultar não só as sensibilidades, como também o andamento relativamente a todo este processo que está a afectar os professores», disse ao PortugalDiário Cristina Vasconcelos, professora da Escola Secundária de Póvoa de Lanhoso, que esteve presente na mesa do plenário.

A docente explicou em conversa telefónica que as propostas apresentadas receberam «uma resposta maciça». «Estiveram presentes professores de quase todas as escolas do distrito», apontou, fazendo uma «estimativa, por baixo, de 600 participantes», no encontro que se realizou no polivalente da Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga. Cristina Vasconcelos salientou, ainda, que as suas moções aprovadas o foram «por larga maioria».

«Numa primeira moção apoiámos alguns dos pontos que há tinham saído do plenário da manifestação de 8 de Novembro, mas avançámos com uma novidade: consideramos que a proposta do dirigente sindical Mário Nogueira de greve para 19 de Janeiro seria quase simbólica, porque muito longe no tempo. Avançámos, por isso, com a possibilidade de greve a partir de 25 de Novembro por tempo indeterminado», explicou.

«Foi uma proposta que nós aprovámos e que esperamos que seja bem-vinda junto da Plataforma Sindical», frisou a docente, adiantando, contudo, que da parte dos sindicatos ainda não chegou qualquer resposta a este apelo. «Aguardamos que nos contactem»

«Encontro nacional de escolas em luta»

Relativamente à outra moção, Cristina Vasconcelos adiantou que prevê «um encontro nacional de escolas em luta». Ainda não há uma data. Apenas a garantia de que será «para breve». «Pretende-se que cada agrupamento ou escola não agrupada envie um ou dois representantes para se auscultarem sensibilidades e concertarem estratégias e formas de actuação».

A professora quis ainda fazer uma ressalva: «Quando foi convocado este plenário não nos passou pela cabeça dividir nem hostilizar. Muito pelo contrário, aquilo que nos tem animado é tentar congregar esforços entre Plataforma Sindical e movimentos, para caminharmos todos no mesmo sentido».


Plataforma recusa greve anticipada

Entretanto, o porta-voz da Plaforma Sindical, Mário Nogueira, disse à Rádio Cube que os sindicatos não aprovam a intenção de uma greve por tempo indeterminado a partir de 25 de Novembro.

Novamente contactada, Cristina Vasconcelos reagiu a esta posição, dizendo que «faz sentido continuar a auscultar as sensibilidades dos professores, através de mais plenários distritais».

«Neste momento, é um distrito a tomar posição. A partir do momento em que mais plenários distritais ocorram, veremos as posições dos nossos colegas e, com certeza, que, se a postura for semelhante, a Plataforma Sindical terá de ouvir os professores, porque ela representa os professores», disse, acrescentando: «Vamos aguardar as posições dos outros distritos».

1 comentário:

Anónimo disse...

CONCENTRAÇÃO NAS CAPITAIS DE DISTRITO PARA QUEM NÃO PODE IR A LISBOA - 15 DE NOVEMBRO

BRAGA- ARCADA
PORTO- FRENTE À CÂMARA
(outras capitais locais habituais)

15 HORAS

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