A Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE) demarcou-se do acordo entre a plataforma sindical e o Ministério da Educação sobre a avaliação de desempenho, acusando os sindicatos de desmobilizar docentes na luta pelos seus direitos.
O Ministério da Educação e a plataforma decidiram na madrugada de sábado que a avaliação avança este ano lectivo para os docentes contratados e dos quadros em condições de progredir, tendo em conta quatro parâmetros, aplicados de forma universal: a ficha de auto-avaliação, a assiduidade, o cumprimento do serviço distribuído e a participação em acções de formação contínua.
Relativamente aos professores que serão avaliados no primeiro ciclo de avaliações, neste ano lectivo e no próximo, a tutela e os sindicatos estipularam uma necessidade de reforçar as garantias dos docentes, sendo que os efeitos negativos das classificações de "regular" ou "insuficiente" estarão condicionados a uma nova avaliação no ano seguinte.
Do conteúdo do acordo hoje assinado, a APEDE contesta a inclusão de organizações sindicais de professores no conselho científico vocacionado para a avaliação de desempenho, a introdução de horários e remunerações diferenciadas para os professores coordenadores de departamento curricular e o facto de o processo negocial com as estruturas sindicais ter sido remetido para Junho e Julho de 2009.
Segundo José Pombeiro Filipe, da Comissão Instaladora da APEDE, a postura da plataforma deverá afastar os educadores da "reflexão" que estava a ser feita nas escolas e da luta por uma avaliação que não os padronize, até porque permite ao ministério passar "de uma avaliação que era uma farsa burocrática para uma farsa de aplicação de um decreto regulamentar", cuja vigência deveria ser anulada e não prolongada.
"O sindicato arrisca-se a estar esvaziado na mobilização de professores. Não sabemos como vai conseguir mobilizá-los, por duas razões - primeiro, porque o facto de haver reversão na classificação torna a experimentação uma brincadeira perigosa; depois, porque o sindicato disse que ia apresentar uma proposta alternativa e isso também desmobilizou professores", explicou o responsável, durante uma conferência de imprensa realizada em Carnaxide.
"Quando a avaliação não tem consequências, as pessoas não se esforçam da mesma maneira, e se a proposta do sindicato for feita, as pessoas não se vão preocupar com a procura de uma alternativa", acrescentou, sublinhando que a fase experimental do processo "não está na lei".
Lusa
O Ministério da Educação e a plataforma decidiram na madrugada de sábado que a avaliação avança este ano lectivo para os docentes contratados e dos quadros em condições de progredir, tendo em conta quatro parâmetros, aplicados de forma universal: a ficha de auto-avaliação, a assiduidade, o cumprimento do serviço distribuído e a participação em acções de formação contínua.
Relativamente aos professores que serão avaliados no primeiro ciclo de avaliações, neste ano lectivo e no próximo, a tutela e os sindicatos estipularam uma necessidade de reforçar as garantias dos docentes, sendo que os efeitos negativos das classificações de "regular" ou "insuficiente" estarão condicionados a uma nova avaliação no ano seguinte.
Do conteúdo do acordo hoje assinado, a APEDE contesta a inclusão de organizações sindicais de professores no conselho científico vocacionado para a avaliação de desempenho, a introdução de horários e remunerações diferenciadas para os professores coordenadores de departamento curricular e o facto de o processo negocial com as estruturas sindicais ter sido remetido para Junho e Julho de 2009.
Segundo José Pombeiro Filipe, da Comissão Instaladora da APEDE, a postura da plataforma deverá afastar os educadores da "reflexão" que estava a ser feita nas escolas e da luta por uma avaliação que não os padronize, até porque permite ao ministério passar "de uma avaliação que era uma farsa burocrática para uma farsa de aplicação de um decreto regulamentar", cuja vigência deveria ser anulada e não prolongada.
"O sindicato arrisca-se a estar esvaziado na mobilização de professores. Não sabemos como vai conseguir mobilizá-los, por duas razões - primeiro, porque o facto de haver reversão na classificação torna a experimentação uma brincadeira perigosa; depois, porque o sindicato disse que ia apresentar uma proposta alternativa e isso também desmobilizou professores", explicou o responsável, durante uma conferência de imprensa realizada em Carnaxide.
"Quando a avaliação não tem consequências, as pessoas não se esforçam da mesma maneira, e se a proposta do sindicato for feita, as pessoas não se vão preocupar com a procura de uma alternativa", acrescentou, sublinhando que a fase experimental do processo "não está na lei".
Lusa
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