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A possibilidade de suspender o modelo de avaliação imposto pelo governo está na agenda das discussões de muitas escolas de todo o país, que se preparam para tomar decisões nesta e na próxima semana. O Ministério da Educação desdobra-se em reuniões para pressionar os Conselhos Executivos. Em Coimbra, o Presidente do Conselho Executivo da EB 2,3 Drª Mª Alice Gouveia afirmou que o Ministério "merece muito pouca credibilidade". Nesta quarta-feira iniciam-se inúmeras reuniões de departamentos e conselhos pedagógicos de escolas no país inteiro. Em muitas delas vão estar em cima da mesa propostas para suspender o modelo de avaliação imposto pelo governo. O Ministério da Educação começou também uma ronda de reuniões com Conselhos Executivos para pressioná-los a avançar com alguns procedimentos relativos ao novo modelo de avaliação de desempenho dos professores, criticado pelo excesso de burocracia, precisamente no período mais complicado do ano lectivo.
Hoje, o secretário de Estado da Educação Valter Lemos vai reunir-se com os responsáveis de escolas da zona de Coimbra, as mesmas que recusaram avançar com o processo de avaliação. Segundo o Diário de Notícias, para a equipa que dirige o Ministério da educação, esta será uma das últimas oportunidades para fazer passar as suas posições e levar as escolas a avançar com o processo de avaliação.
Intenção que os Conselhos Executivos das escolas de Coimbra acolhem com pouco entusiasmo. "A ministra da Educação tinha deixado entender nos encontros de Viseu que ia ser adoptada uma avaliação simplificada, mas mais uma vez o secretário de Estado Jorge Pedreira voltou com a palavra atrás, o que nos leva a dizer que esta equipa que dirige o Ministério nos merece muito pouca credibilidade", avançou ao DN João Carlos Gaspar, presidente do conselho executivo da EB 2,3 Drª Mª Alice Gouveia (Coimbra), que recorda que esta não é a primeira vez que a tutela retrocede nas suas intenções de simplificação do processo de avaliação. Por seu turno, o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), qualificou de ilegal qualquer intenção de o Ministério avançar com uma avaliação simplificada. "Nesta altura do ano, e quando ainda se andam a discutir os itens da avaliação, é impossível cumprir a avaliação dos professores, portanto ela a avançar só pode ser feita de forma ilegal", defende Luís Lobo, do SPRC. Em resumo, continua Luís Lobo, "o Ministério propõe que não se cumpram os critérios mínimos definidos pelo decreto-regulamentar", pelo que a Fenprof promete "enviar todas a ilegalidades que se registarem nas escolas para serem avaliadas pelos tribunais competentes". A Fenprof pondera processar as escolas que avancem com o processo de avaliação entretanto proposto pelo Ministério da Educação. |
bem feito!
Há 8 anos
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