terça-feira, 18 de março de 2008

Interpelação na Assembleia da República

PCP faz duro ataque à política de "arrogância", do "quero, posso e mando" na Educação
18.03.2008 - 16h12 Lusa

O líder parlamentar do PCP fez hoje um duro ataque à política "de arrogância" do Governo, considerando a ministra Maria de Lurdes Rodrigues uma "boa aluna" de José Sócrates no "quero, posso e mando".


A acusação foi feita na abertura da interpelação do PCP sobre Educação, na Assembleia da República, e em que Bernardino Soares desafiou o Governo a aceitar um "debate nacional descentralizado" sobre a avaliação dos professores, suspendendo o processo até se concluir a discussão.


Dez dias depois da manifestação que juntou, a 08 de Março, 100 mil professores em Lisboa, Bernardino Soares aconselhou o executivo a ouvir os protestos.


"Não ouvir o protesto e a contestação não é sinal de força, é sinal de arrogância e de falta de disponibilidade para o diálogo democrático. E há que reconhecer que também neste aspecto a ministra da Educação é uma boa aluna do primeiro-ministro, José Sócrates, na política do 'quero, posso e mando'", afirmou.


O deputado comunista considerou ainda que a política do Governo é "a principal responsável pela instabilidade nas escolas".


Para Bernardino Soares, o executivo faz uma "política de ilegalidade" em que o Ministério da Educação não cumpre decisões dos tribunais.


"Os tribunais impõem o pagamento de aulas de substituição, mas o secretário de Estado diz que não é assim", exemplificou.


"A pendência de providências cautelares impõe a suspensão dos despachos de avaliação, mas o Governo continua a impor a sua aplicação às escolas. Acossado pela luta dos professores, e não querendo ceder, inventa agora uma 'flexibilização' da avaliação dos professores", acrescentou.


Para o líder parlamentar do PCP, o Governo "declarou guerra à escola pública, em todas as frentes".


Na resposta, a ministra da Educação afirmou, no seu discurso, que "quem quer destruir a escola pública é quem não quer mudar nada, é quem se resigna aos números do abandono escolar" .

3 comentários:

Anónimo disse...

E agora?

Continuamos a luta? Eu acho que não devemos parar. Isto é pior que ditadura, obrigar os professores a assinar para serem avaliados... Caros colegas, quem uma vez na vida se manifestou (100 mil profissionais do ensino), junta-se outravez e as vezes que foram necessárias...
Agora digam-me os Protestos anunciados são para continuar? Se sim agradecia que divulgassem hora e local de cada um...
Mais uma coisa, esta luta é nossa, mas necessitamos dos sindicatos para dialogarem com a "Ministra", pk infelizmente não o podemos fazer de viva voz.

Força Professores, não vacilem!!!

Uma Professora Indignada

Anónimo disse...

Espero q os sindicatos façam o seu papel que é interpretar a nossa revolta e defender as nossas posições.
Nós sabe(re)mos demonstrar ao poder, as vezes que forem necessárias, que não somos acéfalos e que a teimosia é característica dos burros e não de animais inteligentes...

manuel m

Anónimo disse...

"estamos num beco sem saída até às próximas eleições"
Alvaro Barreto, agora on line na SIC Notícias:
http://videos.sapo.pt/HuI1sFNjJsROZaZaLhdz