terça-feira, 18 de março de 2008

Tem que responder!

Esta terça-feira o parlamento discutiu a política de Educação do Governo. Uma interpelação ao executivo que foi agendada pelo Partido Comunista e durante a qual a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, apesar das críticas insistentes da oposição, voltou a defender as políticas que tem seguido. No debate da interpelação do PCP sobre Educação, na Assembleia da República, o deputado comunista António Filipe foi o mais crítico afirmando que o Governo «sai desta interpelação com a arrogância com que entrou».

«Ficou muito claro que um dos problemas da educação em Portugal e que o governo se recusa aprender. A sua política educativa já caiu irremediavelmente no fundo», salientou o deputado do comunista.

Maria de Lurdes Rodrigues, e o Governo, insistiu num balanço de três anos de governação como a maior «eficiência na organização das escolas».

O PSD, pela voz de Pedro Duarte, disse que os sociais-democratas «estão preparados para reabrir a discussão da [sobre a avaliação dos professores] e, se a ministra assim decidir, o PSD traz já amanhã para o parlamento a sua proposta de avaliação dos docentes».

Ana Drago, deputada do Bloco de Esquerda, perguntou por duas vezes qual a solução para a contestada avaliação, que originou a manifestação de 100 mil professores, ou se a ministra achava que tinha condições para continuar «a fingir uma política educativa».
«A minha obrigação não é dar as respostas que a senhora deputada quer ouvir. A minha obrigação é responder com resultados. Respondo com aquilo que faço, com a política educativa», respondeu a ministra.

Este tipo de resposta levou Ana Drago a dizer que a ministra «não quer ou não sabe dar respostas» e por isso «está chumbada».

António Filipe, a meio do debate, dizia, com ironia, que ainda tinha esperança de ouvir Maria de Lurdes Rodrigues responder.
António Filipe tinha, aliás, lançado uma outra pergunta sobre quando pensava o Governo pagar aos professores as aulas de substituição, depois de uma decisão nesse sentido dos tribunais.


José Paulo Carvalho, deputado CDS-PP, fez a contabilidade e concluiu que, das nove perguntas feitas pela sua bancada, «apenas três foram respondidas».

Fonte: TSF Online

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