in DN
JOÃO PAULO MENDES
JOÃO PAULO MENDES
Em Fevereiro, uma professora da Escola Secundária António Sérgio, de Gaia, foi agredida física e verbalmente por estudantes do 7.º ano no espaço de uma semana. Os casos, apesar de prontamente denunciados pela docente ao presidente do conselho executivo, continuam impunes.
A primeira agressão ocorreu a 19 de Fevereiro, depois de Fátima Freitas ter chamado a atenção de uma aluna sobre o seu comportamento na sala de aula. Esta ripostou, empurrando-a violentamente. A segunda aconteceu após a primeira agressão, com outra aluna da mesma turma a provocar a professora: "Foi a stora que levou nas trombas de uma colega minha?" Indignada, Fátima Freitas - que conta 25 anos de serviço - pediu-lhe "cuidado com a linguagem", ao que a aluna retorquiu: "Ah, desculpe! Levou no... focinho!" Aquando do toque de saída, é informada de que um grupo de estudantes daquela turma estaria a preparar-se para lhe fazer uma espera.
Segundo Fátima Freitas, professora de nomeação definitiva na escola, tudo começou numa acção de estudo promovida por outra docente, no âmbito da disciplina de Estudo Acompanhado. "Ofereci-me para assistir à acção com os meus alunos do 9.º ano. No início, reparei que na fila do meio estavam quatro ou cinco alunos a tentar sentar-se todos em três cadeiras e chamei--os à atenção dizendo que havia lugares vagos noutros sítios." A advertência foi ignorada. "Chamei a aluna que queria sentar-se na cadeira onde já estavam três pessoas, ordem que só acatou, contrariada, ao fim de três tentativas", explicou a docente. "Durante a acção ia tecendo comentários indecorosos relativamente à sua professora", quando esta interrompia a palestra para chamar a atenção do comportamento dos alunos. "Cale-se você, sua..."
Avisada por Fátima Freitas por diversas vezes sobre o modo como se comportava, a aluna provocava cada vez mais, com frases do tipo "Quem é você?" "Eu falo como quero." Quando chegou a vez da intervenção do professor convidado, este ameaçou não continuar, porque "não ia falar aos gritos". Ao que a aluna respondeu: "Vá-se embora, já devia ter ido seu filho da [...], isto é uma seca." Foi aí que Fátima Freitas a agarrou no braço e a quis levar ao conselho directivo. "Ela começou aos gritos, dizendo que não ia a lado nenhum e para a largar, empurrando-me violentamente, até que caí sobre uma mesa que se deslocou do lugar com o impacto." Perante isto, colegas de turma "incitavam à luta e filmavam tudo com telemóveis". Entretanto, a aluna desaparece e a professora é informada por alunos do 9.º ano - que a protegeram - de que ela já estava no conselho executivo. "Mas pouco depois regressou à sala, com ar vitorioso, e foi aplaudida pelos colegas", disse.
Apesar das participações, oficialmente as alunas em causa, ambas com 14 anos, continuam impunes.
A primeira agressão ocorreu a 19 de Fevereiro, depois de Fátima Freitas ter chamado a atenção de uma aluna sobre o seu comportamento na sala de aula. Esta ripostou, empurrando-a violentamente. A segunda aconteceu após a primeira agressão, com outra aluna da mesma turma a provocar a professora: "Foi a stora que levou nas trombas de uma colega minha?" Indignada, Fátima Freitas - que conta 25 anos de serviço - pediu-lhe "cuidado com a linguagem", ao que a aluna retorquiu: "Ah, desculpe! Levou no... focinho!" Aquando do toque de saída, é informada de que um grupo de estudantes daquela turma estaria a preparar-se para lhe fazer uma espera.
Segundo Fátima Freitas, professora de nomeação definitiva na escola, tudo começou numa acção de estudo promovida por outra docente, no âmbito da disciplina de Estudo Acompanhado. "Ofereci-me para assistir à acção com os meus alunos do 9.º ano. No início, reparei que na fila do meio estavam quatro ou cinco alunos a tentar sentar-se todos em três cadeiras e chamei--os à atenção dizendo que havia lugares vagos noutros sítios." A advertência foi ignorada. "Chamei a aluna que queria sentar-se na cadeira onde já estavam três pessoas, ordem que só acatou, contrariada, ao fim de três tentativas", explicou a docente. "Durante a acção ia tecendo comentários indecorosos relativamente à sua professora", quando esta interrompia a palestra para chamar a atenção do comportamento dos alunos. "Cale-se você, sua..."
Avisada por Fátima Freitas por diversas vezes sobre o modo como se comportava, a aluna provocava cada vez mais, com frases do tipo "Quem é você?" "Eu falo como quero." Quando chegou a vez da intervenção do professor convidado, este ameaçou não continuar, porque "não ia falar aos gritos". Ao que a aluna respondeu: "Vá-se embora, já devia ter ido seu filho da [...], isto é uma seca." Foi aí que Fátima Freitas a agarrou no braço e a quis levar ao conselho directivo. "Ela começou aos gritos, dizendo que não ia a lado nenhum e para a largar, empurrando-me violentamente, até que caí sobre uma mesa que se deslocou do lugar com o impacto." Perante isto, colegas de turma "incitavam à luta e filmavam tudo com telemóveis". Entretanto, a aluna desaparece e a professora é informada por alunos do 9.º ano - que a protegeram - de que ela já estava no conselho executivo. "Mas pouco depois regressou à sala, com ar vitorioso, e foi aplaudida pelos colegas", disse.
Apesar das participações, oficialmente as alunas em causa, ambas com 14 anos, continuam impunes.
1 comentário:
"Violência contra professora fica por punir" - e ninguém pune a Excelentíssima Sinistra que insiste em não contrariar a excessiva liberdade dada pelos Pais aos seus filhos?!
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