Oito presidentes de conselhos executivos do Centro vestiram de negro no Parlamento
12.03.2008 - 19h38 Sofia Branco
Eram para ser 33, mas o presidente da Assembleia da República pediu para que a comitiva se reduzisse a oito. O certo é que os presidentes dos conselhos executivos de todas as escolas da região Centro partilham preocupações e críticas em relação à política do Governo para a educação. Esta tarde, durante o plenário, os oito que os representaram manifestaram o seu protesto silencioso nas galerias do Parlamento, vestindo de negro.
Na audiência com a comissão de Educação, pedida em inícios de Fevereiro e que decorreu esta manhã, a comitiva expôs as suas “angústias” face à “hemorragia legislativa” que “tem perturbado imenso o funcionamento das escolas desde Janeiro”, contou ao PÚBLICO Rosário Gama, militante socialista e presidente do conselho executivo da Infanta D. Maria, em Coimbra, a escola pública mais bem cotada no ranking oficial.
“Tivemos de criar montes de equipas de trabalho” para lidar com a legislação que vai chegando, explicou. Além disso, o facto de as mudanças estarem a decorrer “a meio do ano” e “sob pressão” tem feito com que “os professores não estejam dedicados ao seu trabalho nas escolas, que é dar aulas”.
A comitiva das escolas do Centro queixou-se ainda da “falta de formação para avaliadores” e manifestou-se contra as alterações a nível da gestão escolar. “Vamos voltar à figura do velho reitor, com uma absurda concentração de poderes num órgão unipessoal. É o fim do órgão colegial. A eleição pelos pares foi uma conquista democrática, agora volta-se para trás”, afirmou Rosário Gama, reconhecendo que as alterações “doem mais porque vêm do PS”.
Os presidentes dos conselhos executivos saíram da reunião com a comissão com a impressão de que os deputados “ficaram sensibilizados para as questões levantadas”. Mas fizeram questão de realçar que apenas “três deputados socialistas” estavam presentes (são 22 ao todo), porque “os restantes abandonaram a sala”. “Queríamos que os outros [deputados socialistas] lá estivessem para nos ouvir”, frisou Rosário Gama. Apenas a socialista Teresa Portugal usou da palavra, sendo já conhecida a sua oposição a muitas das políticas do Governo para o sector da educação.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322388
12.03.2008 - 19h38 Sofia Branco
Eram para ser 33, mas o presidente da Assembleia da República pediu para que a comitiva se reduzisse a oito. O certo é que os presidentes dos conselhos executivos de todas as escolas da região Centro partilham preocupações e críticas em relação à política do Governo para a educação. Esta tarde, durante o plenário, os oito que os representaram manifestaram o seu protesto silencioso nas galerias do Parlamento, vestindo de negro.
Na audiência com a comissão de Educação, pedida em inícios de Fevereiro e que decorreu esta manhã, a comitiva expôs as suas “angústias” face à “hemorragia legislativa” que “tem perturbado imenso o funcionamento das escolas desde Janeiro”, contou ao PÚBLICO Rosário Gama, militante socialista e presidente do conselho executivo da Infanta D. Maria, em Coimbra, a escola pública mais bem cotada no ranking oficial.
“Tivemos de criar montes de equipas de trabalho” para lidar com a legislação que vai chegando, explicou. Além disso, o facto de as mudanças estarem a decorrer “a meio do ano” e “sob pressão” tem feito com que “os professores não estejam dedicados ao seu trabalho nas escolas, que é dar aulas”.
A comitiva das escolas do Centro queixou-se ainda da “falta de formação para avaliadores” e manifestou-se contra as alterações a nível da gestão escolar. “Vamos voltar à figura do velho reitor, com uma absurda concentração de poderes num órgão unipessoal. É o fim do órgão colegial. A eleição pelos pares foi uma conquista democrática, agora volta-se para trás”, afirmou Rosário Gama, reconhecendo que as alterações “doem mais porque vêm do PS”.
Os presidentes dos conselhos executivos saíram da reunião com a comissão com a impressão de que os deputados “ficaram sensibilizados para as questões levantadas”. Mas fizeram questão de realçar que apenas “três deputados socialistas” estavam presentes (são 22 ao todo), porque “os restantes abandonaram a sala”. “Queríamos que os outros [deputados socialistas] lá estivessem para nos ouvir”, frisou Rosário Gama. Apenas a socialista Teresa Portugal usou da palavra, sendo já conhecida a sua oposição a muitas das políticas do Governo para o sector da educação.
http://ultimahora.publico.clix
3 comentários:
Já o disse uma vez, mas volto a fazê-lo:
Li esta história e lembrei-me de uma outra:
É pena que, não existam cursos de formação de Humanidade,Solidariedade e Educação, porque as pessoas somente olham para o seu umbigo, como se fossem o centro do Mundo. Ajudar? Para quê? Pensam eles, "ele que se amanhe sozinho". Mas o que eles não sabem, é que o Amanhã lhes pode reservar surpresas bem desagradáveis, pois o Destino é um mistério. Talvez, quando eles precisarem de ajuda, peçam a alguém e esse mesmo alguém, não lhes chegue a mão. Simplesmente os ignorem. Como eles, uma vez fizeram.
Desculpem-me, novamente, este meu desabafo, mas realmente há situações contra as quais, eu não consigo ficar quieto. Dão-me a volta ao estômago.
Cordiais saudações.
Tenho andado com uma dúvida a atormentar-me, e gostaria de saber outras opiniões:
- O que me pode acontecer, se eu não quiser ser avaliado?
Continuem, continuem, para que todo o País possa confirmar aquilo de que já se suspeitava, a falta de nível a todos os títulos) dos professores que alinham (e só esses) nesta chuchadeira.
Com os elevados gastos na educação (em percentagem do PIB) e os péssimos resultados obtidos, querem que o regabofe e o desbarato prossiga.....um bocadinho, só um bocadinho, de bom senso não lhes ficava mal!
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